Venezuela. Igreja Católica cria comissão para prevenir abusos sexuais

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) anunciou quarta-feira que atualizou os códigos de prevenção e criou uma comissão para prevenir e investigar as denúncias de abusos sexuais em ambientes eclesiais.

padre, Igreja Católica

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Lusa
07/07/2022 00:05 ‧ 07/07/2022 por Lusa

Mundo

Abusos sexuais

"Estamos a atualizar os códigos preventivos de conduta e protocolos de atuação para quem presta serviço no âmbito eclesial", anunciou o vice-presidente da CEV.

Monsenhor Mário Moronta explicou, durante uma conferência de imprensa em Caracas, que "os abusos sexuais são um crime e um pecado grave contra a vida e a dignidade da pessoa, particularmente quando afeta os mais débeis".

"Estamos conscientes de que sempre se pode fazer mais e estamos na disposição de o fazer em sinergia com outras instituições (...) reiteramos o nosso compromisso de promover a cultura do bom trato e de consolidar espaços seguros (...) a fim de erradicar todos os abusos possíveis na Igreja e na sociedade", frisou o religioso.

Por outro lado, explicou que a CEV tem vindo estabelecendo mecanismos para receber as denúncias de alegados abusos sexuais nas dioceses católicas, institutos religiosos, centros educativos e sociais.

"Criámos uma Comissão de Prevenção, composta por peritos nesta matéria (...) a CEV dispõe de guias de atuação para lidar com alegados abusos cometidos por clérigos e agentes pastorais", frisou.

Questionado sobre notícias da imprensa dando conta que sacerdotes acusados de estar envolvidos em abusos sexuais continuavam a celebrar missa, o vice-presidente da CEV explicou que tinham sido afastados da Igreja Católica.

"Estamos profundamente consternados e magoadas com as situações de abuso (...) Os bispos não se opuseram nem se opõem à que os organismos competentes do sistema de justiça civil atuem nesta questão de abuso (...) temos procurado as investigações e os processos judiciais de acordo com a legislação eclesiástica e puniu os padres e membros da Igreja com delitos comprovados", explicou.

Monsenhor Mário Moronta sublinhou ainda que a Igreja está "a levar a cabo várias iniciativas destinadas a fornecer informação e formação aos agentes pastoris sobre a cultura do bom trato e a prevenção de abusos".

"Estamos empenhados em fazer das instâncias da Igreja lugares seguros para todos (...) reiteramos o compromisso de promover a dignidade das crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis, bem como de as proteger e oferecer-lhes ambientes seguros", disse.

Leia Também: Taxa de inflação em junho na Venezuela foi de 14,5%, a mais alta do ano

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