Há sessenta anos, a 11 de Junho de 1962, a Bay Area de São Francisco, nos Estados Unidos, acordou para uma das histórias mais fascinantes do século. Três homens alcançaram algo que era tido como impossível: fugir de Alcatraz.
"Três condenados de Alcatraz cavaram a sua saída de um espesso bloco de cimento com colheres e fugiram ontem da prisão", podia ler-se nas primeiras páginas dos jornais.
Os irmãos John e Clarence Anglin e Frank Morris, todos assaltantes de bancos, conseguiram fugir das suas celas depois de terem criado um túnel que lhes permitiu chegar ao rio que envolve a baía de São Francisco.
A fuga foi planeada durante sete meses. Cavaram a parede das celas com colheres e, para esconder o buraco, fizeram grades falsas com papel. Os buracos nas celas davam acesso aos tubos de ventilação, que desembocavam no teto.
Os homens trabalhavam entre as 17h30 e cerca das 21h00, antes de os guardas pedirem para apagar as luzes.
A barra de proteção foi cortada com um objeto roubado da sala de música. Os homens escaparam através dos tubos de ventilação e saltaram uma cerca de arame farpado até o mar, com os botes e os coletes que tinham feito com capas de chuva.
A polícia só viria a descobrir a fuga na contagem da manhã do dia seguinte, já os fugitivos levavam um avanço de 10 horas.
Muitos pensaram que não tinham sobrevivido. Contudo, segundo uma carta enviada à polícia em 2013, pelo menos um dos fugitivos terá sobrevivido.
Mas o mistério continua por ser desvendado e estes homens continuam desaparecidos - e a serem procurados. Se forem vivos, terão cerca de 90 anos.
Alcatraz acabaria por ser encerrada um ano depois da fuga, por representar um custo muito elevado para o Estado norte-americano.
Há muito que o FBI entregou o caso aos U.S. Marshals, onde permanece aberto e agora com novas imagens de que aspeto estes homens poderão ter.
Leia Também: Ghislaine Maxwell. 'Ex' de Jeffrey Epstein condenada a 20 anos de prisão