Tribunal iraniano condena EUA a pagar pela morte de cientistas nucleares

Um tribunal iraniano condenou hoje os Estados Unidos a pagar 4,3 mil milhões de dólares (cerca de 4.000 milhões de euros) às famílias de vários cientistas nucleares assassinados no país nos últimos anos.

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Lusa
23/06/2022 11:35 ‧ 23/06/2022 por Lusa

Mundo

Justiça

O tribunal de Teerão decidiu que os EUA devem pagar pelo apoio dado "ao regime sionista (de Israel) em atos de terrorismo que resultaram na morte de cientistas nucleares", informou o portal oficial da autoridade judicial iraniana Mizan.

O valor visa compensar "os danos físicos, psicológicos e financeiros" sofridos por três famílias de cientistas nucleares assassinados e um cientista que foi ferido em ataques realizados nos últimos anos e que o Irão atribui a Israel.

A condenação do tribunal iraniano dirige-se a 37 pessoas e entidades jurídicas dos Estados Unidos, incluindo o Governo, os ex-presidentes Barack Obama e Donald Trump e o Departamento de Estado.

O Irão acusou Israel do assassinato de cinco cientistas nucleares nos últimos anos, incluindo Mohsen Fajrizadeh, chefe da Organização de Pesquisa e Inovação do Ministério da Defesa em 2020.

Os dois países mantêm uma guerra oculta, que inclui ataques cibernéticos, alegados assassinatos de cientistas nucleares iranianos e sabotagens de navios, embora nenhum deles reconheça publicamente estas ações.

Nas últimas semanas, esse conflito intensificou-se, depois de, em março, Teerão ter acusado Telavive de assassinar um coronel da Guarda Revolucionária e de ter contribuído indiretamente para outras mortes em circunstâncias misteriosas.

As tensões também aumentaram em relação ao programa nuclear iraniano, após a Agência Internacional de Energia Atómica ter aprovado uma resolução a criticar o Irão por falta de transparência e cooperação e Teerão responder desligando 27 câmaras de vigilância em diferentes instalações nucleares.

As negociações para salvar o acordo internacional relativo ao programa nuclear do Irão, assinado em 2015, estão paralisadas desde março, segundo Teerão por culpa de Washington.

Leia Também: Tribunal da Relação reduz pena a homem envolvido em sequestro de taxista

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