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Pelo menos 3.200 crianças venezuelanas sofrem de desnutrição aguda

Pelo menos 3.200 crianças de 22 Estados da Venezuela foram diagnosticadas com desnutrição aguda, no primeiro quadrimestre de 2022, segundo dados do último relatório do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).

Pelo menos 3.200 crianças venezuelanas sofrem de desnutrição aguda
Notícias ao Minuto

23:48 - 15/06/22 por Lusa

Mundo ONU

"Em abril de 2022, 3.200 crianças com menos de cinco anos foram diagnosticadas pelos com desnutrição aguda, deficiências de micronutrientes, e receberam tratamento", explica o "estado do aglomerado" sobre "Nutrição" do Relatório sobre a Situação na Venezuela.

O relatório adverte que, "com o início da estação das chuvas (maio a novembro), as necessidades e riscos nutricionais podem aumentar devido à interrupção da disponibilidade e do acesso a água potável, especialmente para os bebés".

Por outro lado, "a doação não solicitada de substitutos do leite materno em abrigos temporários, onde as famílias são alojadas, não só pode dificultar a prática da amamentação, mas também expor os bebés e crianças a quadros diarreicos e infeciosos, através do consumo de água não tratada no momento da preparação".

"Os nossos parceiros reportam este cenário em alguns Estados do país, especialmente em Zúlia, no Sul do Lago e na zona andina (oeste do país), que é mais comummente afetada pelas estações de períodos invernais".

Segundo a OCHA, na Venezuela persiste, a nível nacional, "a insuficiente disponibilidade e acesso a suprimentos e equipamentos de atenção nacional, o que afeta a implementação e sustentabilidade dos programas de nutrição".

"Subsistem as dificuldades no processo de importação, transporte e armazenamento de insumos nutricionais. Esta situação abranda e cria perturbações na continuidade da assistência, afetando o encaminhamento de casos de desnutrição para os centros de saúde e hospitais, uma vez que nem todos contam com um fornecimento permanente de insumos como o RUTF (mistura homogénea de alimentos ricos em lípidos e solúveis em água) e fórmulas terapêuticas para o tratamento de casos de desnutrição aguda", afirma.

O relatório precisa que até abril de 2022 o Aglomerado Nutricional da OCHA atendeu 128.357 pessoas, incluindo 87.411 crianças e adolescentes, das quais 64.500 com menos de 5 anos de idade.

Também que foi criado um mecanismo de encaminhamento para o cuidado de crianças com menos de cinco anos de idade com desnutrição aguda, mulheres grávidas e lactantes com peso inferior ao normal, com o propósito de uniformizar os critérios para o diagnóstico e admissão em programas de nutrição locais.

Esse mecanismo contém um mapa dos centros de saúde e comunitários, para cuidados ambulatórios e de internamento, para subnutrição com complicações médicas, com canais para que organizações da sociedade civil notifiquem novos casos.

A OCHA explica que mais de 64.000 prestadores de cuidados, mulheres grávidas e lactantes (MEL) tiveram acesso a aconselhamento sobre práticas adequadas de alimentação de lactentes e crianças pequenas.

Também que mais de 2.200 mulheres grávidas e lactantes receberam serviços de saúde e nutrição para recuperar do estado nutricional e de deficiências de micronutrientes.

Além disso, 31.000 crianças com menos de cinco anos e 11.800 mulheres grávidas e lactantes receberam suplementos com alimentos fortificados e micronutrientes.

Mais de 145.825 meninos, meninas e adolescentes, de até 15 anos de idade foram desparasitados em 21 dos 24 Estados do país, entre janeiro e abril de 2022.

Os programas de recuperação nutricional da OCHA decorrem em 190 dos 335 municípios da Venezuela e neles participam mais de 25 organizações.

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