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França disponível para ultrapassar crise com Austrália

A França manifestou hoje disponibilidade para ultrapassar a crise diplomática com a Austrália sobre o contrato de compra de submarinos que o país quebrou em setembro, depois de Camberra anunciar um acordo compensar os estaleiros franceses envolvidos.

França disponível para ultrapassar crise com Austrália
Notícias ao Minuto

14:07 - 11/06/22 por Lusa

Mundo Submarinos

Esse desejo de reconciliação tomou forma numa reunião em Singapura entre os ministros da Defesa da França, Sébastien Lecornu, e da Austrália, Richard Marles, onde participaram num fórum de segurança.

Em comunicado divulgado pelo seu ministério, Lecornu disse tomar nota do acordo entre o Governo australiano e a empresa estatal francesa Naval Group, pelo qual esta última receberá uma indemnização de 555 milhões de euros pelo incumprimento unilateral do contrato.

O governante francês acrescentou que as duas partes consideram o compromisso "justo e equitativo" e expressou esperança de que o "acordo e a mudança na equipa do governo permitam superar a crise de confiança com a Austrália".

Lecornu disse ainda que a França, que com o seu arquipélago da Nova Caledónia é "vizinha da Austrália no Pacífico", estará atenta às propostas que possa apresentar "para projetar no futuro a relação bilateral de defesa, com base na cooperação operacional e em projetos estruturais".

Além disso, destacou que os dois países concordaram em organizar novas reuniões de trabalho em Paris.

Em declarações à imprensa, o ministro francês afirmou que "a amizade com a Austrália é preciosa" e que não deve ser esquecida a relação estratégica por, destacou, "um governo na história não ter cumprido a sua palavra".

Lecornu salientou que agora há "uma nova equipa no poder" na Austrália e disse que a França "está satisfeita por poder trabalhar" com o novo executivo australiano.

O anterior primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou em setembro de 2021 o cancelamento do contrato de cerca de 55.000 milhões de euros com um consórcio liderado pelo Naval Group para a construção de uma dúzia de submarinos convencionais.

O então primeiro-ministro australiano justificou a substituição dos submarinos a construir pela França por submergíveis nucleares fabricados nos EUA, no âmbito do acordo de defesa estratégica conhecido como Aukus com os Estados Unidos e o Reino Unido.

O anúncio gerou manifesto desconforto do Presidente francês, Emmanuel Macron, com as autoridades australianas, mas também com Washington e Londres.

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