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Morreu o primeiro governador do Banco de Cabo Verde

O primeiro governador do Banco de Cabo Verde, Corentino Santos, que liderou o banco central de 1975 a 194, morreu no domingo, aos 75 anos, nos Estados Unidos da América, anunciou hoje aquela instituição, em comunicado.

Morreu o primeiro governador do Banco de Cabo Verde
Notícias ao Minuto

22:38 - 30/05/22 por Lusa

Mundo Banco

Natural da ilha de São Vicente, onde nasceu em 12 de dezembro de 1946, Corentino Santos licenciou-se em Finanças, em Portugal, e liderou o banco central logo após a independência de Cabo Verde.

"Foi com ele que o BCV deu os primeiros passos para se afirmar como uma das instituições mais sólidas e credíveis de Cabo Verde independente", descreve o banco central.

Antes, enquanto secretário de Estado-Adjunto das Finanças do Governo de Transição, de dezembro de 1974 a julho de 1975, participou nas negociações relativas ao designado "Contencioso Colonial", processo que, refere o comunicado, "permitiu, entre outros atos, a passagem dos bens portugueses em Cabo Verde para a posse do Estado cabo-verdiano, entre os quais constava o património do Banco Nacional Ultramarino (BNU) para o BCV".

"Enquanto governador do BCV, com assento no Conselho de Ministros, Corentino Santos participou na tomada de medidas conducentes à criação de uma economia assente na realidade cabo-verdiana pós-colonial. Dentre elas, destaca-se a criação da moeda cabo-verdiana, o escudo de Cabo Verde, cuja entrada em vigor acontece em 1977, no meio de uma complexa operação logística", refere ainda o comunicado do banco central.

Durante a sua gestão, o Banco de Cabo Verde teve "o cuidado de dotar" o arquipélago "de reservas cambiais mínimas, correspondentes a seis meses de importação".

"Um feito ainda hoje considerado fundamental, tendo em conta as condições de partida do país nascido a 5 de julho de 1975", sublinha o comunicado, recordando que foi com Corentino Santos que Cabo Verde, através do BCV, aderiu a várias instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento.

"Neste momento de dor, é com profundo pesar que o Banco de Cabo Verde e o governador [atual, Óscar Santos] expressam as mais sentidas condolências à família enlutada, perante o passamento de uma personalidade que deu, em diversas áreas, um contributo relevante para o nosso país", conclui o comunicado.

Leia Também: 'Stock' da dívida pública de Cabo Verde a 146,4% do PIB no 1.º trimestre

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