EUA. Primeira mulher a conduzir porta-aviões nem sabia que o podia fazer
Amy Bauernshmidt tem 51 anos e faz parte dos onze pilotos de porta-aviões da frota americana.
© Wikimedia Commons
Mundo EUA
A piloto Amy Bauernschmidt, de 51 anos, é a única mulher que integra o grupo de onze oficiais da Marinha dos Estados Unidos que conduzem porta-aviões da frota norte-americana. Conduz o maior e um dos mais poderosos navios de guerra dos EUA - o USS Abraham Lincoln, com 97 mil toneladas e 332 metros de comprimento, tem capacidade para 5 mil pessoas - o equivalente a uma pequena cidade no mar.
Podem estar mais de 60 aeronaves a bordo do Lincoln, incluindo caças furtivos F-35C, os aviões de guerra mais avançados da aviação naval. Segundo a piloto relatou à CNN, este é, para si, "um dos trabalhos mais incríveis do mundo".
De acordo com a Marinha dos EUA, os seus porta-aviões "estão prontos para controlar o mar, realizar ataques e manobrar através do espectro eletromagnético e do ciberespaço". No mesmo documento pode ainda ler-se: "Em tempos de crise, a primeira pergunta que os líderes fazem é: 'Onde estão as transportadoras?'".
A piloto confessou que, para si, atender a essa chamada é um privilégio: "Não há absolutamente nada melhor do que saber que fui selecionada para liderar os homens e mulheres escolhidos para defender a nossa nação", disse à imprensa numa visita recente ao navio de guerra durante manobras ao largo do Japão.
Como cresceu em Milwaukee, parte do estado americano do Wisconsin, uma cidade histórica costeira, Bauernschmidt sabia que tinha afinidade com o mar: "Sempre amei a água, nadei e remei de forma competitiva", confessou, acrescentando que, na altura de eleger um curso universitário, "queria encontrar um que não apenas estivesse interessada em seguir, mas que permitisse encontrar um emprego para pagar os empréstimos estudantis".
A junção do seu interesse em matemática e ciências, com o amor pela água, levou a que se formasse em engenharia oceânica. A ideia de ser a primeira mulher a comandar um porta-aviões não era algo que achasse possível: "Nem sabia que isso era uma opção quando comecei esta aventura", expressou.
Foi apenas em novembro de 1993, seis meses antes da sua formatura, que foi aprovada a legislação que permite que mulheres trabalhem em navios de combate da Marinha dos EUA, o que, nas suas palavras, "mudou quase tudo sobre o serviço feminino na Marinha".
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