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Etiópia: Mais de 40 'capacetes azuis' etíopes refugiam-se no Sudão

Quarenta e quatro 'capacetes azuis' originários de Tigray, região no norte da Etiópia que está em guerra, chegaram ao Sudão, onde pediram asilo, noticiou hoje a Agência France Presse (AFP).

Etiópia: Mais de 40 'capacetes azuis' etíopes refugiam-se no Sudão
Notícias ao Minuto

19:16 - 15/05/22 por Lusa

Mundo Etiópia

No mês passado, mais de 500 'capacetes azuis' de Tigray, destacados na região petrolífera de Abyei, disputada entre o Sudão e o Sudão do Sul, pediram asilo político a Cartum, temendo pela sua segurança se regressassem ao país, revelaram alguns dos soldados à AFP.

Hoje, um elemento da agência sudanesa para os refugiados confirmou que, no final da sua missão da Organização das Nações Unidas (ONU), várias centenas de soldados etíopes pediram asilo ao Sudão.

"As chegadas de requerentes de asilo serão diárias até que todos [os 'capacetes azuis'] obtenham asilo no Sudão", disse aquele funcionário sudanês, que pediu para não ser identificado.

Um correspondente da AFP constatou a transferência de antigos 'capacetes azuis' para o campo de deslocados de Oum Gargour, no leste do Sudão.

Desde 2012, cinco mil 'capacetes azuis' etíopes foram enviados para a região de Abyei, no âmbito de uma missão de manutenção da paz da ONU.

Já em 2020, 120 soldados etíopes originários de Tigray e deslocados em Darfur, no oeste do Sudão, como parte de uma missão de manutenção da paz, foram transferidos para o campo de deslocados internos de Oum Gargour após pedirem asilo no Sudão.

No mês passado, o Ministério da Defesa da Etiópia assegurou que 'capacetes azuis' etíopes originários de Tigray que se recusaram a regressar ao país após a sua missão na ONU foram vítimas da "propaganda" e "mentiras" dos rebeldes.

Aqueles garantiram à AFP que temiam pela sua segurança, tendo um oficial adiantado que alguns deles foram presos ou mortos na Etiópia.

O conflito em Tigray começou em novembro de 2020 quando o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, enviou o exército federal para desalojar a Frente Popular de Libertação do Tigray, partido que governou a região e que ele acusou de atacar bases militares.

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