"Não aceitamos a violência transfóbica em qualquer parte do mundo! Exigimos uma reparação pelo caso sofrido pela ativista Keila Simpson no domingo no aeroporto da Cidade do México, quando foi impedida de entrar no país e participar no Fórum Social Mundial", disseram as organizações numa declaração conjunta.
Simpson foi detida pelas autoridades de imigração e "inadmitida devido a inconsistências", porque "por decisão própria, está a exercer o seu direito de usar o seu nome social", uma vez que "ainda não retificou os seus documentos".
"Este direito ao nome social" (com o qual uma pessoa se sente identificada com base no seu género e que difere do seu nome legal) não foi respeitado "pelos funcionários mexicanos da imigração", acrescenta a nota.
Antra, a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (ABONG) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Travestis, Transgéneros e Intersex (ABGLT) denunciaram que a ativista foi mantida incomunicável durante o processo de deportação de 10 horas.
"É inadmissível que o acolhimento e o acesso aos direitos das pessoas trans sejam condicionados à sua situação documental retificada, ignorando o direito de utilizar o seu nome social, em violação dos princípios fundamentais que garantem que as pessoas trans sejam quem são", sublinhou a nota.
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