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EUA querem retomar acordos de migração com Cuba

Os Estados Unidos querem retomar acordos de migração com Cuba que foram suspensos, disse na quarta-feira o secretário do Departamento de Segurança Interna, na véspera de uma reunião de alto nível entre Washington e Havana.

EUA querem retomar acordos de migração com Cuba
Notícias ao Minuto

06:51 - 21/04/22 por Lusa

Mundo Segurança

"Não vou antecipar o diálogo, mas tivemos acordos de migração com Cuba durante muitos, muitos anos. Eles foram interrompidos e vamos explorar a possibilidade de os reativar", disse Alejandro Mayorkas, que participa numa reunião regional sobre migração no Panamá com o secretário de Estado, Antony Blinken.

Sem especificar a que acordos se referia, Mayorkas disse que a reunião agendada para hoje em Washington, a primeira reunião de alto nível entre os dois países desde que o Presidente Joe Biden, tomou posse, faz parte do compromisso dos EUA de "migração segura, humanitária e ordeira".

Trata-se de impedir os migrantes de "irem para o mar, porque estas são viagens totalmente arriscadas", acrescentou Mayorkas.

A reunião em Washington ocorre numa altura em que Cuba, atingida pela sua pior crise económica dos últimos 30 anos, está a viver um grande êxodo migratório.

Segundo as autoridades norte-americanas, entre outubro de 2021 e março de 2022, mais de 78.000 cubanos entraram ilegalmente nos EUA através da fronteira mexicana, o dobro dos que deixaram a ilha em 1994, ano da mais recente onda de emigração em massa.

Desde que a Nicarágua, aliada de Havana, anunciou no final de novembro que estava a abolir os vistos para cidadãos cubanos, milhares saíram de Cuba na esperança de chegarem aos Estados Unidos.

Havana acusa Washington de pressionar os governos latino-americanos a exigir vistos de trânsito aos cubanos que façam escala nos seus aeroportos, e de não respeitar um acordo de migração que prevê 20.000 vistos por ano para cidadãos cubanos.

Em março, a embaixada dos EUA em Havana anunciou a reabertura do consulado, encerrado desde 2017 devido a alegados incidentes de saúde que afetaram diplomatas, e o recomeço "gradual" e "limitado" da emissão de vistos.

Desde que tomou posse em 2021, Joe Biden manteve em vigor as 243 sanções impostas por Donald Trump e que reforçavam o embargo em vigor desde 1962, apesar das promessas de campanha e em contraste com a política do anterior chefe de Estado, Barack Obama.

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