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Israel "nunca se renderá ao terror" após ataque em Hadera

O chefe da diplomacia israelita, Yair Lapid, disse hoje que Israel "nunca se renderá ao terror" e que vai "continuar o caminho da paz", comentando o ataque reivindicado grupo extremista Estado Islâmico (EI) que matou dois polícias em Hadera.

Israel "nunca se renderá ao terror" após ataque em Hadera
Notícias ao Minuto

23:31 - 28/03/22 por Lusa

Mundo Yair Lapid

"Pouco depois deste ataque, a Jihad Islâmica e o Hamas elogiaram-no. Declararam que foi uma resposta à Cimeira de Negev que estamos a realizar aqui. O objetivo dos terroristas é intimidar-nos. É fazer com que tenhamos medo de construir relações e acordos entre nós", adiantou Yair Lapid numa nota, à qual a agência Lusa teve acesso.

"Estes terroristas dispararam em todas direções, com um único objetivo: matar o maior número de pessoas inocentes. Derramar a maior quantidade de sangue possível", sustentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que o "terrorismo atingiu o coração" do país e que se tratou "de um assassínio apenas por ser um assassínio, terror por terror".

A partir da Cimeira de Negev, Yair Lapid lembrou que todos os ministros dos Negócios Estrangeiros que participaram no encontro "condenaram, numa voz una, este hediondo ataque terrorista".

"O que estamos aqui a fazer é escrever história. Construir uma arquitetura regional baseada no progresso, na tecnologia, na tolerância religiosa, na segurança e na cooperação em matéria de inteligência. Esta nova arquitetura, as capacidades partilhadas que estamos a construir, intimida e dissuade os nossos inimigos comuns - em primeiro lugar, o Irão e os seus aliados - têm certamente algo a temer", anotou.

De acordo com chefe da diplomacia israelita, ficou decidiu no domingo transformar a Cimeira de Negev num fórum permanente.

"Juntamente com o nosso amigo mais próximo, os Estados Unidos, estamos hoje a abrir uma porta perante todos os povos da região, incluindo os palestinianos, e a dar a opção para que substituam o caminho do terrorismo e da destruição por um futuro partilhado de progresso e sucesso", observou.

Por seu lado, o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, salientou que o encontro "é uma declaração inequívoca sobre estar do lado certo no Médio Oriente".

A polícia israelita anunciou hoje a detenção de cinco suspeitos de envolvimento no ataque que matou dois polícias em Hadera, no norte do país, e que foi reivindicado pelo EI.

As vítimas mortais são dois polícias de fronteira, ambos de 19 anos, um dos quais com nacionalidade franco-israelita, segundo informou a embaixada francesa em Tel Aviv.

De acordo com a polícia, os suspeitos foram detidos após buscas realizadas, em colaboração com o serviço de segurança israelita Shin Beth, na cidade árabe de Umm el-Fahm, a cerca de 20 quilómetros de Hadera.

"Após as buscas, as forças de segurança prenderam três moradores suspeitos de pertencerem a uma organização terrorista. Dois outros suspeitos foram presos noutra localização", refere o comunicado da polícia.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque que matou os dois polícias em Hadera, através de um comunicado divulgado pelo 'site' de propaganda Amaq.

Antes de anunciar as detenções, a polícia explicou que o ataque foi levado a cabo por "dois terroristas", identificados com agentes locais do EI, que foram mortos pelas forças policiais.

O ataque ocorreu numa altura em que Israel está a acolher uma cimeira na qual estão reunidos os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Egito, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, numa localidade no deserto de Negev, no sul de Israel.

Leia Também: Irão chama traidores a países árabes participantes em cimeira em Israel

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