Pelo menos 10 mortos em ataque 'jihadista' a mina de ouro no Burkina Faso

Pelo menos 10 pessoas foram mortas no ataque de alegados 'jihadistas' a uma mina de ouro artesanal no norte do Burkina Faso, uma região assolada pela violência, referiram fontes locais e militares.

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Lusa
11/03/2022 19:18 ‧ 11/03/2022 por Lusa

Mundo

Burkina Faso

"Ontem [quinta-feira] à noite, por volta das 15:00 [mesma hora em Lisboa], elementos de grupos terroristas armados atacaram a mina de Tondobi", uma localidade do município de Seytenga, perto da fronteira com o Níger, disse uma fonte de segurança, citada pela agência France-Presse.

O ataque provocou "pelo menos 10 mortos, todos mineiros que trabalhavam no garimpo de ouro", disse a mesma fonte.

Um morador da cidade, contactado pela agência noticiosa, falou em 14 mortos, especificando que "os feridos sucumbiram posteriormente aos ferimentos após serem transportados para centros médicos".

"Dez corpos foram enterrados na noite de quinta-feira e outros quatro foram enterrados hoje de manhã", acrescentou, referindo que "seis pessoas que estavam desaparecidas foram encontradas em segurança também hoje de manhã".

Apesar da proibição da extração de ouro, que regularmente causa deslizamentos de terra mortais, as autoridades procuram controlar a mineração de ouro, realizada por 1,2 milhões de pessoas, segundo dados oficiais.

Em meados de fevereiro, a explosão de dinamite armazenada numa mina de ouro artesanal no oeste de Burkina Faso matou cerca de 60 pessoas, segundo um relatório oficial.

À semelhança dos seus vizinhos Mali e Níger, o Burkina Faso enfrenta desde 2015 uma espiral de violência atribuída a movimentos 'jihadistas', ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico, que provocaram mais de 2.000 mortos e 1,7 milhão de deslocados.

Os ataques, que visam a população civil, são levados a cabo essencialmente no norte e leste do país.

Desde o final de janeiro, uma junta militar liderada pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba está no poder após o golpe de Estado que derrubou o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, que não conseguiu conter a violência 'jihadista'.

O novo Presidente, tenente-coronel Damiba, fez da luta contra o 'jihadismo' e a reconstrução do Estado a sua prioridade.

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