Assessor do Chega que celebrou morte de Odair Moniz eleito deputado

Ricardo Lopes Reis foi eleito deputado por Setúbal nas eleições de domingo. Tornou-se mais conhecido em outubro, depois de uma polémica publicação nas redes sociais.

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© X/Ricardo Reis

Notícias ao Minuto com Lusa
20/05/2025 09:06 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Chega

Ricardo Lopes Reis, que em outubro do ano passado gerou controvérsia enquanto assessor parlamentar do Chega, depois de celebrar a morte de Odair Moniz, homem que morreu baleado por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) na Cova da Moura, está entre os deputados do partido que se vão estrear na próxima legislatura.

 

O assessor político, que também é vogal da direção da Juventude Chega e suplente do conselho de jurisdição nacional do partido, foi eleito pelo círculo eleitoral de Setúbal, em 6.º lugar. 

O novo deputado do Chega, de 26 anos, esteve envolvido numa polémica após a morte de Odair Moniz. Em causa esteve uma publicação nas redes sociais, que gerou fortes críticas e que acabou por levar Ricardo Reis a apagar não só as palavras em questão como a colocar o seu perfil privado.

"Menos um criminoso… menos um eleitor do Bloco", escreveu Ricardo Reis.

Recorde-se que Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

A morte desencadeou a revolta, nalguns casos acompanhada por distúrbios, em vários bairros da periferia de Lisboa.

Em final de janeiro, o Ministério Público (MP) acusou do crime de homicídio, punível com pena de prisão de oito a dezasseis anos, o agente da PSP que baleou Odair. 

Segundo a acusação, Odair Moniz tentou fugir e resistir à detenção, mas não se verificou qualquer ameaça com recurso a arma branca, contrariando o comunicado oficial da PSP divulgado após o incidente, segundo o qual o homem teria "resistido à detenção" e tentado agredir os agentes "com recurso a arma branca".

A associação SOS Racismo e o Vida Justa contestaram, desde logo, a versão policial e exigiram uma investigação "séria e isenta" para apurar responsabilidades, considerando estar em causa "uma cultura de impunidade" nas forças de segurança.

Na acusação, o MP pediu a suspensão do agente da PSP como medida de coação e também que seja aplicada uma pena acessória, já em fase de condenação, de proibição de exercício de função. Neste momento, o agente, de 27 anos, está de baixa e sem data para regressar ao trabalho.

Depois de a defesa do arguido ter decidido não requerer a abertura de instrução, o caso seguiu diretamente para julgamento, que deverá decorrer no Tribunal de Sintra.

Além do processo judicial, estão a decorrer processos de âmbito disciplinar na PSP e na IGAI, à qual a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, pediu "caráter de urgência".

Leia Também: "O PS não morreu e tem futuro. Tem um armazém de líderes em potência"

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