Alemanha promete presença mais forte nos Balcãs e assegurar paz na Bósnia
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, prometeu hoje em Sarajevo que a paz será assegurada na Bósnia-Herzegovina e anunciou uma presença mais forte do seu país nos Balcãs.
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Mundo Alemanha
A chefe da diplomacia alemã iniciou hoje uma breve visita pelos países da região dos Balcãs, com a primeira paragem na capital da Bósnia-Herzegovina.
"Temos de assegurar a paz aqui na Bósnia e de lutar contra aqueles que põem em risco a paz. Não permitiremos que a paz seja ameaçada", afirmou a ministra alemã numa conferência de imprensa após um encontro com a sua homóloga bósnia, Bisera Turkovic.
"Nunca pensei que faria esta viagem numa altura em que a paz e a estabilidade na Europa se tornaram uma questão existencial", disse Baerbock aos jornalistas, em Sarajevo, referindo-se à invasão russa da Ucrânia.
E advertiu: "Como principal doador bilateral da Bósnia-Herzegovina (...) só apoiaremos aqueles que estão empenhados em fortalecer o país. Não aqueles que trabalham para a desintegração e o enfraquecimento do Estado".
"Trago uma mensagem muito clara: a Alemanha estará mais presente aqui, no seu país e nos Balcãs Ocidentais", disse.
Por seu lado, o líder político dos sérvios bósnios, Milorad Dodik, que é membro sérvio da Presidência colegial da Bósnia, quis tranquilizar Berlim.
"Expliquei que não há um movimento relacionado com a secessão na Bósnia e que se trata de uma luta política interna pela posição constitucional da República Srpska", disse aos jornalistas após um encontro com a ministra alemã.
Desde o fim da guerra (1992-1995), que provocou cerca de 100.000 mortos, este país foi dividido em duas entidades, uma sérvia (a República Srpska) e uma croato-muçulmana, unidas por um governo central.
Mas, em dezembro, a entidade sérvia iniciou um processo de retirada de três instituições cruciais - o exército, o poder judicial e as autoridades fiscais - levantando receios de uma decomposição do país, ou mesmo de um novo conflito.
A Bósnia formalizou há dias a candidatura à adesão à União Europeia (UE), considerando que a agressão russa contra a Ucrânia pode criar um ambiente que impulsione reformas adiadas pelas constantes divergências políticas dos líderes dos três povos - muçulmanos, sérvios e croatas.
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