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Procura por comprimidos de iodo dispara na Europa face a ameaça nuclear

Procura também foi identificada em Portugal.

Procura por comprimidos de iodo dispara na Europa face a ameaça nuclear
Notícias ao Minuto

15:13 - 07/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

A procura por comprimidos de iodo para proteger de radiação disparou por toda a Europa, depois de começarem a surgir ameaças de uma explosão nuclear face à invasão russa à Ucrânia. 

O suplemento terá sido usado após o acidente de Chernobyl, em 1986, e acredita-se que pode proteger a tiroide em situações de desastre nuclear. Contudo, vários especialistas já desaconselharam a automedicação.

A procura aumentou na última semana, depois de o presidente russo, Vladimir Putin, pedir  às forças de dissuasão nuclear russas que ficassem em alerta máximo. Desde então, vários países têm relatado uma corrida aos comprimidos de iodo, havendo já ruturas de stock. Esta procura também foi identificada em Portugal. 

Através das redes sociais, a Sociedade Portuguesa Medicina de Urgência e Emergência (SPMUE) manifestou preocupação relativamente ao sucedido e deixou um alerta aos médicos de família: “Nos próximos dias serão bombardeados com perguntas sobre o uso preventivo de KI ( Iodeto de Potássio) para Acidentes Radiológicos”. Além disso, a SPMUE sublinhou ainda que já existe “publicidade enganosa com doses homeopáticas” e deixa orientações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos acerca dos riscos de exposição a radiação e as dosagens indicadas neste tipo de situação. 

Sublinhe-se que, de acordo com as orientações, as dosagens indicadas vão de 16 mg até aos 18 anos e 130 mg em adultos – dosagens que não constam nos suplementos e comprimidos comercializados nas farmácias em Portugal. 

É de realçar que, segundo a imprensa internacional, especialistas em medicina nuclear indicam que os comprimidos só devem ser tomados com a orientação de especialistas em saúde pública e alertam que a evacuação é a medida de proteção mais eficaz em caso de emergência radiológica. A possibilidade de um ataque nuclear é também vista como improvável. 

Estudos indicam que o iodeto de potássio previne a acumulação de iodo-131 na tiroide. Contudo, não tem efeito protetor face a outros elementos radioativos que podem ser libertados caso ocorra um desastre nuclear, como o urânio-235, plutónio-239 ou césio-137. Além disso, o iodo pode ter efeitos secundários e gerar outros problemas de saúde.

Leia Também: AO MINUTO: UE discute adesão da Ucrânia; 5 milhões de refugiados?

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