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EUA pedem aos países africanos que condenem rotundamente a invasão russa

Os EUA pediram hoje aos países africanos que condenem rotundamente a invasão russa da Ucrânia, um dia após 16 daqueles países se terem abstido ou votado contra uma resolução nesse sentido na Assembleia Geral das Nações Unidas.

EUA pedem aos países africanos que condenem rotundamente a invasão russa
Notícias ao Minuto

19:42 - 03/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Não estamos a pedir-vos que escolham lados. Pedimos aos africanos que se unam a nós para escolher os princípios (...) de soberania, integridade territorial, resolução pacífica de conflitos e proteção de civis", disse hoje a sub-secretária de Estado para os assuntos africanos, Molly Phee, numa conferência de imprensa virtual.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

Entre os poucos países africanos que condenaram oficialmente a guerra estão o Gana, a Nigéria, a África do Sul, o Maláui, os Camarões ou a Etiópia, que reagiram com diferentes graus de veemência, enquanto Madagáscar disse não querer opinar sobre o conflito.

Na quarta-feira, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que condena a invasão russa da Ucrânia e exige a retirada imediata das tropas russas.

Dos 193 Estados-membros das Nações Unidas, 141 apoiaram o texto e apenas cinco votaram contra: a própria Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e a Eritreia, um dos regimes mais herméticos do mundo.

Entre os 54 países africanos, 28 votaram a favor, mas 16 abstiveram-se: Argélia, Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, Madagáscar, Mali, Moçambique, Namíbia, Senegal, África do Sul, Sudão do Sul, Sudão, Uganda, Tanzânia e Zimbabué.

Além disso, os lusófonos Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, além do Burkina Faso, Essuatíni, Etiópia, Guiné-Conacri, Marrocos, Camarões e Togo não participaram na votação.

Pouco depois da votação, a África do Sul, aliada da Rússia no bloco das potências emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), explicou a sua abstenção afirmando que a resolução não cria "um ambiente propício" ao diálogo.

"Os votos africanos foram muito importantes nessa votação (...) para enviar uma mensagem de que esta agressão é inaceitável na Ucrânia e em qualquer lugar do mundo", disse hoje Molly Phee.

"Acreditamos que é muito importante neste momento que a comunidade internacional na sua totalidade demonstre unidade e fale a uma só voz contra esta agressão", disse a governante norte-americana.

Phee sublinhou também que os "Estados Unidos são muito sensíveis ao legado da Guerra Fria, particularmente em África" e insistiu que "a posição e a política de Joe Biden tem sido de oferecer mais opções e não menos aos africanos".

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