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Canal russo RT alvo de mais 12 investigações pelo regulador britânico

O regulador da comunicação social britânico determinou na quarta-feira a abertura de mais 12 investigações sobre a falta de imparcialidade na programação do canal estatal russo em inglês RT, durante a sua cobertura da invasão russa da Ucrânia.

Canal russo RT alvo de mais 12 investigações pelo regulador britânico
Notícias ao Minuto

06:33 - 03/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Estamos muito preocupados com o volume de programas da RT que levantam possíveis problemas sobre o Código de Radiodifusão e, à medida que as nossas investigações avançam, estamos a considerar se a RT deve manter a licença no Reino Unido", explicou o regulador (Ofcom) em comunicado.

Estes processos elevam para 27 o número de investigações abertas pelo regulador britânico, que na segunda-feira já tinha determinado 15 investigações sobre este canal estatal russo.

O Ofcom apontou "um aumento significativo no número de programas" que provavelmente serão objeto de procedimentos.

E especificou que, para assuntos tão importantes como a crise na Ucrânia, todos os meios de comunicação com licenças de transmissão devem "respeitar requisitos específicos em termos de imparcialidade".

Os canais da rede internacional RT (antiga Russia Today) estão na mira dos países ocidentais, que acusam de divulgar "mentiras" pela União Europeia sobre a guerra na Ucrânia.

A União Europeia (UE) adotou na quarta-feira sanções contra 'media' estatais russos considerados como instrumentos de "desinformação" do Kremlin na ofensiva contra a Ucrânia.

Os 27 decidiram suspender "urgentemente as atividades de radiodifusão dos 'media' Sputnik e da RT/Rússia Today (RT English, RT Reino Unido, RT Alemanha, RT França e RT Espanha) na UE, ou dirigidas à UE, até que a agressão à Ucrânia termine, e até que a Federação Russa e os seus pontos de venda associados cessem de conduzir ações de desinformação e manipulação de informação contra a UE e os seus Estados-membros", divulgou o bloco comunitário.

Em reação à decisão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Europa está "a assistir a uma propaganda maciça e a uma desinformação sobre este ataque ultrajante a um país livre e independente".

No Reino Unido, o governo pediu na semana passada uma revisão da sua licença de transmissão, mas o primeiro-ministro Boris Johnson disse que queria deixar a Ofcom decidir, em vez dos políticos, em nome da "liberdade de expressão".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Zelensky orgulhoso por "heróis" ucranianos contrariarem planos russos

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