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Borrell saúda Alemanha por "fortalecer posição da UE" e bloquear gasoduto

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) saudou hoje a Alemanha por "tornar ainda mais forte" a resposta comunitária aos avanços russos na Ucrânia, impondo um bloqueio ao funcionamento do gasoduto russo Nord Stream 2.

Borrell saúda Alemanha por "fortalecer posição da UE" e bloquear gasoduto
Notícias ao Minuto

18:22 - 22/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Este pacote está a ser completado por uma decisão que não pertence à UE, mas sim à Alemanha, e quero deixar uma palavra de agradecimento à Alemanha por tornar a nossa mensagem unida de hoje ainda mais forte ao anunciar que não deixa permitir o funcionamento do North Stream 2", declarou o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell.

Falando em conferência de imprensa após uma reunião informal convocada de urgência na véspera para discutir a imposição de sanções à Rússia, em Paris, Josep Borrell apontou que este bloqueio havia sido "solicitado por diversas vezes por alguns Estados-membros ou pelos Estados Unidos".

A UE aprovou hoje, por unanimidade entre os 27 Estados-membros, um pacote de sanções à Rússia, visando "atingir e muito" as autoridades russas, após o reconhecimento de territórios separatistas, segundo Borrell.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que Berlim tomou medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, para distribuição de gás natural russo à Alemanha.

Scholz disse aos jornalistas em Berlim que o Executivo alemão está a tomar medidas para responder às ações de Moscovo na Ucrânia.

"Sem essa certificação, o Nord Stream 2 não pode ser colocado em funcionamento", disse Scholz durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, acrescentando que o assunto vai ser "reexaminado" pelo governo alemão.

Por outro lado, Scholz apelou aos esforços diplomáticos entre os "ocidentais" e a Rússia para que seja evitada "uma catástrofe", referindo-se ao reconhecimento pela Rússia da independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (separatistas pró-russas), no leste da Ucrânia.

"São importantes as primeiras sanções para evitar um novo agravamento e uma catástrofe", disse o chanceler alemão.

"O objetivo de todos são os esforços diplomáticos", acrescentou Scholz, sublinhando que "oitenta anos depois do final da Segunda Guerra Mundial [1939-1945] uma guerra ameaça a Europa de Leste".

A posição surge depois de, na segunda-feira, Vladimir Putin ter ainda ordenado a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" naqueles territórios ucranianos separatistas.

Em 2014, a Rússia invadiu o leste da Ucrânia e anexou a península ucraniana da Crimeia.

A guerra no leste da Ucrânia entre as forças de Kiev e milícias separatistas causou até ao momento mais de 14 mil mortos, de acordo com as Nações Unidas.

Leia Também: Ucrânia. UE analisa hoje à tarde sanções contra a Rússia

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