Presidente da Eslovénia marca eleições legislativas para 24 de abril
O Presidente da Eslovénia, Borut Pahor, marcou hoje as eleições legislativas para 24 de abril, numa votação que pode ser difícil para o primeiro-ministro, o conservador Janez Jansa, cujo partido tem descido nas sondagens.
© Reuters
Mundo Eslovénia
Pahor disse que escolheu a data mais cedo possível permitida pela lei eleitoral e apelou para que a campanha e os debates não dividam os partidos de uma forma irreversível.
"As diferenças políticas, ideológicas e outras (...) devem dividir-nos apenas tanto quanto pudermos depois recuperar como comunidade", disse Pahor, segundo a agência noticiosa eslovena STA, citada pela Associated Press (AP).
Dois anos depois de ter chegado ao poder, a popularidade de Janez Jansa tem descido e as sondagens mais recentes dão ao seu Partido Democrático Esloveno (SDS) apenas 15% dos votos, de acordo com a agência France-Presse (AFP).
Mesmo com os aliados de centro-direita, o SDS não parece ser capaz de ganhar uma maioria no parlamento de 90 lugares, depois de ter conseguido 25% dos votos nas eleições de 2018.
A popularidade de Jansa está a sofrer com a emergência de Robert Golob, um antigo dirigente da empresa nacional de eletricidade que assumiu recentemente a liderança de um pequeno partido ambientalista, rebatizado Movimento da Liberdade.
Num inquérito realizado pela televisão pública junto de 1.000 pessoas, mais de metade declarou-se insatisfeita com o Governo, tendo apenas 23% manifestado uma opinião favorável.
Jansa, 63 anos, enfrentou várias moções de desconfiança no parlamento e uma grande onda de protestos no ano passado, com dezenas de milhares de manifestantes a marchar regularmente contra as suas políticas.
Admirador declarado do ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, o líder conservador esloveno é acusado, de acordo com a oposição, de copiar a Hungria de Viktor Orbán no seu estilo autoritário e na sua retórica contra os migrantes.
Os seus críticos acusam-no de pressão sobre o poder judicial e ataques aos meios de comunicação social no Twitter, que também lhe valeram críticas da União Europeia (UE).
Face ao seu estilo e atividade naquela rede social, os críticos chamam-lhe "marechal Twitto", numa referência ao marechal Josip Broz Tito, que liderou a antiga República Federal Socialista da Jugoslávia entre 1953 e 1980.
A Eslovénia tornou-se independente em 1991, na sequência da desagregação da Jugoslávia, e é membro da UE e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) desde 2004.
Situado no sudeste da Europa, o pequeno país de cerca de dois milhões de habitantes faz fronteira com a Croácia, a Hungria, a Áustria e a Itália.
A Eslovénia presidiu ao Conselho da UE no segundo semestre da 2001, sucedendo a Portugal.
O Presidente esloveno tem agendada uma visita a Portugal na próxima semana, dias 14 e 15, a convite do seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve na Eslovénia em maio de 2021.
A data da visita foi anunciada numa declaração conjunta que Marcelo Rebelo de Sousa e Borut Pahor divulgaram em 03 de fevereiro, para assinalar os 30 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.
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