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Caça furtiva de rinocerontes na África do Sul aumentou 14,5% em 2021

O número de mortes de rinocerontes por caçadores furtivos na África do Sul, o país com o maior número desta espécie no mundo, aumentou 14,5% em 2021, em comparação com 2020, anunciou hoje o Governo.

Caça furtiva de rinocerontes na África do Sul aumentou 14,5% em 2021
Notícias ao Minuto

13:32 - 08/02/22 por Lusa

Mundo Governo

Segundo uma nota do Ministério do Ambiente da África do Sul, foram mortos no país 451 rinocerontes em 2021, quando no ano anterior foram caçados ilegalmente 394 animais.

Em 2020, os confinamentos e as restrições de viagens internacionais devido à covid-19 contribuíram significativamente para reduzir as oportunidades de caça furtiva, e a África do Sul também reforçou os seus programas de monitorização, acrescenta-se no comunicado.

O ministério salientou que apesar das más notícias do aumento anual das perdas, os níveis de caça furtiva mantêm-se numa tendência descendente em comparação com 2019, quando a África do Sul perdeu 594 rinocerontes.

Além disso, o Governo salientou que os parques nacionais sul-africanos registaram números melhores mesmo do que em 2020 e que a subida se deve sobretudo a um aumento da caça furtiva nas reservas privadas.

"Em 2021, 209 rinocerontes foram caçados pelos seus chifres em parques nacionais sul-africanos, todos no Parque Nacional Kruger. Isto é na realidade uma diminuição em relação a 2020, quando 247 foram caçados em parques nacionais", disseram as autoridades sul-africanas.

O Kruger é uma das maiores reservas naturais de África e onde vive a maior parte da população de rinocerontes da África do Sul e tem sido historicamente o cenário da grande maioria dos rinocerontes caçados.

Segundo o Governo, a diminuição do número de casos em relação a 2019 deve-se ao "aumento da intensidade das atividades contra a caça furtiva", com um programa coordenado entre a polícia e as agências de aplicação da lei ambiental, levando a um aumento de "detenções e condenações".

A tendência decrescente das mortes nos últimos anos parece ter invertido a grave explosão de caça furtiva que se registava desde 2008 e que ameaçou seriamente a sobrevivência a médio prazo da espécie.

Em 2007, apenas 13 rinocerontes tinham sido mortos na África do Sul, mas em 2014 foram atingidos os números mais preocupantes, com 1.215 rinocerontes caçados, e apenas em 2018 esse número ficou abaixo de mil (769).

Os caçadores furtivos procuram os chifres dos rinocerontes, que são vendidos principalmente nos mercados asiáticos, onde se diz terem propriedades curativas e afrodisíacas.

No mercado negro, o chifre pode valer entre 60.000 e 80.000 dólares (52.000 e 70.000 euros) por quilo.

A África do Sul tem atualmente cerca de 20.000 rinocerontes, a maior reserva destes animais no mundo.

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