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Líder dissidente da Nicarágua pode ser condenada a 15 anos de prisão

A presidente do partido dissidente sandinista na Nicarágua, Suyen Barahona Cuan, foi na segunda-feira considerada culpada de atentar contra a "integridade nacional" e pode enfrentar uma pena de até 15 anos de prisão.

Líder dissidente da Nicarágua pode ser condenada a 15 anos de prisão
Notícias ao Minuto

06:08 - 08/02/22 por Lusa

Mundo Pena de prisão

A condenação, decretada pela juíza Ulisa Yahoska Tapia Silva, foi anunciada, na rede social Twitter, pela organização não-governamental Unidade de Defesa Jurídica, uma rede de advogados que defende opositores detidos.

Suyen Barahona estava acusada de atentar contra a independência, soberania e autodeterminação da Nicarágua e de incitar à interferência estrangeira nos assuntos internos do país, de acordo com uma lei aprovada pelo parlamento no final de 2020 e que prevê penas de 10 a 15 anos de prisão.

Suyen Barahona é a presidente da União para a Renovação Democrática (Unamos), o antigo Movimento de Renovação Sandinista criado em 1995 após uma rutura com a Frente Sandinista de Libertação Nacional, do atual chefe de Estado, Daniel Ortega.

Suyen Barahona foi presa em 13 de junho, juntamente com outros cinco membros do Unamos, e ficou a aguardar julgamento na prisão de El Chipote, em Manágua, onde se encontra a maioria dos 46 opositores presos no ano passado, antes de Daniel Ortega ter vencido a eleição presidencial pela quarta vez consecutiva.

Desde 01 de fevereiro, sete opositores foram considerados culpados. Nenhuma das sentenças foi ainda divulgada.

Também na segunda-feira, outra dissidente sandinista, Ana Margarita Vigil foi condenada a 10 anos de prisão pelo crime de atentar contra a "integridade nacional", anunciou o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos.

O bloco da oposição Unidade Nacional Azul e Branco, do qual Unamos é membro, considerou na segunda-feira os julgamentos "atos nulos" porque foram realizados "à porta fechada", e porque os direitos da defesa terão sido atropelados.

Daniel Ortega, que governou o país de 1979 a 1990, antes de retornar ao poder em 2007, apelidou os opositores de "criminosos e delinquentes", que preparavam um golpe com a ajuda dos Estados Unidos.

A Nicarágua atravessa uma crise política, económica e social desde abril de 2018, que se acentuou após as controversas eleições gerais de 07 de novembro passado e a reeleição de Ortega para um quinto mandato, o quarto consecutivo, e o segundo com a mulher, Rosario Murillo, na vice-presidência.

Leia Também: Governo da Nicarágua impõe encerramento de 14 universidades privadas

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