Rússia vai estudar respostas que recebeu por escrito às suas pretensões
A Federação Russa vai estudar as respostas que recebeu por escrito, na quarta-feira, dos EUA e da União Europeia (UE) às suas propostas de garantia de segurança, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexandr Grushko.
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Mundo Tensão
"Vamos lê-las. Vamos estudá-las. [Os EUA e a UE] estudaram as nossas propostas durante quase mês e meio", disse Grushko à agência noticiosa Interfax, em resposta à pergunta sobre quando é que Moscovo tenciona responder às posições de norte-americanos e europeus.
A Federação Russa recebeu na quarta-feira as respostas por escrito à sua proposta de tratado com os EUA e de acordo com a NATO, que apresentou em 17 de dezembro a estes interlocutores, para criar outro modelo de segurança na Europa.
As garantias de segurança exigidas pela Federação Russa incluem o fim da expansão da NATO para leste, em particular para a Ucrânia e a Geórgia, o fim de toda a cooperação militar com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada de tropas e armamento da NATO para as posições que ocupava antes de 1997.
Grusko recebeu na quarta-feira da mão do embaixador dos EUA na Federação Russa, John Sullivan, a resposta dos EUA, ao passo que a da NATO foi entregue ao embaixador russo na Bélgica, Alexandr Tokovinin.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já disse que não vai haver renúncia à política de "portas abertas" da NATO e reiterou que Washington está disposto a falar com Moscovo sobre o controlo de armas ou a transparência nos exercícios militares, tal como tem reiterado nas últimas semanas em várias ocasiões públicas.
Horas antes de receber as respostas, por escrito, de Washington e da NATO, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse que a Federação Russa esperava uma resposta "construtiva" às suas exigências.
"Se não houver uma resposta construtiva e o Ocidente continuar o seu 'curso agressivo', tal como disse o presidente (Vladimir Putin), tomaremos as respetivas medidas de resposta", avisou.
Os dirigentes russos já fizeram saber que tomarão as medidas "técnico-militares necessárias", no caso de uma negativa do Ocidente, para abordar a segurança na Europa com ênfase nas pretensões russas.
Moscovo acompanhou as suas exigências com uma pressão importante sobre os EUA e UE, ao destacar mais de cem mil soldados para a fronteira com a Ucrânia, o que leva o Ocidente a admitir que Putin possa planear um ataque até meados de fevereiro, disse hoje a secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman.
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