Costa Concordia. Acidente que chocou Itália aconteceu há 10 anos
O Costa Concordia tombou há 10 anos. O que aconteceu ao capitão que fugiu do cruzeiro assim que percebeu que ele ia afundar?
© Getty Images
Mundo Costa Concordia
Já passaram 10 anos desde que o gigantesco Costa Concordia afundou. A história marcada por mais de 30 mortos, um capitão em fuga e um navio tombado chocaram Itália e o mundo. O cruzeiro tinha a bordo cerca de 4200 pessoas, quase o dobro do mítico Titanic, em 1912. Morreram 32 pessoas e 64 ficaram feridas.
O cruzeiro virou na costa da Isola del Giglio, a 13 de janeiro de 2021, após uma manobra mal medida do capitão Francesco Schettino - o mesmo que se colocou em fuga. A embarcação chocou com um aglomerado de rochas, perfurando o casco. O choque provocou um corte na corrente elétrica, que afetou o gerador que existia dentro do barco. Morreram 32 pessoas e 64 ficaram feridas.
Os sobreviventes foram sendo acolhidos pelos locais que lhes deram guarida e roupas até que pudessem retornar aos seus países, relembra a Euronews.
Schettino abandonou o barco. Segundo ele, foi projetado para o mar com o choque e como tinha capitão substituto dentro da embarcação, disse achar não ser sensato voltar.
Mais tarde, soube-se que o ex-capitão esteve em contacto com a Guarda Costeira, que o ordenou a voltar ao cruzeiro, o que não aconteceu. Depois do acidente, Schettino foi afastado de funções e ficou em prisão domiciliária. Posteriormente, em entrevista, assumiu culpas e pediu desculpa ao povo italiano. Durante o julgamento de Schettino, alguns tripulantes disseram que a manobra perigosa foi feita para chamar a atenção de uma dançarina moldava com quem teria um caso extraconjugal.
Schettino foi julgado e condenado a 16 anos de prisão por homicídio, naufrágio e por ter abandonado o navio. Cumpre pena em Rebobbia, Roma, e diz-se estar deprimido. Terá até pedido uma garrafa de água do mar por sentir falta da brisa. Segundo o La Stampa, é um preso modelo, estuda direito e jornalismo e até colabora com o jornal do estabelecimento prisional.
O navio só viria a ser retirado de água dois anos e meio depois. Depois de ser retirado, foi rebocado até ao porto de Génova e aí desmontado.
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