Japão aprova orçamento extra de 6 biliões de euros para a Defesa
O Governo japonês aprovou na sexta-feira um pedido de orçamento extra da Defesa, no valor de 770 biliões de ienes [cerca de 6 biliões de euros], para acelerar a compra de mísseis e outro equipamento militar até março.
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Mundo Investimento
A urgência do executivo do Japão prende-se com a crescente preocupação com o aumento das atividades militares por parte da China, Rússia e Coreia do Norte, noticia a agência AP.
Este pedido, que ainda está pendente de aprovação parlamentar, eleva os gastos militares do Japão para o ano em curso para 6,1 triliões de ienes [cerca de 47 triliões de euros], um novo máximo e um aumento de 15% face aos 5,31 triliões de ienes em 2020.
O Ministério da Defesa do Japão referiu que este "pacote de reforço e aceleração do poder de defesa" foi projetado para acelerar a implementação de alguns dos principais equipamentos previstos para o orçamento de 2022.
O objetivo é fortalecer as defesas japonesas contra a ameaça balística da Coreia do Norte e a atividade marítima, cada vez mais agressiva, da China nas ilhas remotas no sudoeste do Japão, acrescentou o executivo.
O Japão levantou também preocupações sobre as recentes atividades militares conjuntas da China e Rússia perto da sua zona marítima e espaço aéreo.
O pedido de orçamento inclui quase cem biliões de ienes [cerca de 769 biliões de euros] para a versão mais avançada dos sistemas antimísseis terra-ar móveis Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) e equipamentos relacionados, bem como para mísseis de cruzeiro.
Já mais de 800 biliões de ienes [cerca de 6,1 biliões de euros] serão destinados para acelerar a compra de aviões, equipamento de reconhecimento e sistemas de lançamento vertical, entre outros, para intensificar a vigilância em torna da zona marítima e espaço aéreo.
O Japão tem intensificado as defesas nas suas regiões e ilhas do sudoeste, incluindo na Ilha de Ishigaki, que terá uma nova base militar com sistema de defesa antimísseis terra-mar.
Esta ilha encontra-se a norte das ilhas desabitadas de Senkaku, que são controladas pelos japoneses mas também reivindicadas pela China, que as chama de Diaoyu.
O orçamento combinado da Defesa para 2021 será um pouco acima de 01% do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, mantendo o seu limite habitual.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, admitiu que está aberto a duplicar os gastos militares do Japão para lidar com o agravamento do ambiente de segurança.
Este pedido de orçamento extra visa ainda aliviar a pressão sobre os fornecedores de peças e equipamentos de defesa do Japão, que lutam por manter uma indústria cada vez menor naquele país, destacaram as autoridades.
Os críticos referem, no entanto, que o Japão, um país em rápido envelhecimento, deveria alocar mais recursos em áreas como a saúde.
Os gastos com a Defesa têm aumentado progressivamente desde que o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe assumiu o cargo em 2012. Desde então aumentou 17%.
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