Egito condena a morte 22 'jihadistas', um deles ex-oficial da polícia

A justiça egípcia condenou hoje à morte 22 'jihadistas', entre eles um antigo oficial da polícia, todos acusados de envolvimento em 54 ataques terroristas, indicou hoje fonte judiciária à agência noticiosa France-Presse (AFP) no Cairo.

Factos peculiares acerca da pena de morte

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Lusa
25/11/2021 15:28 ‧ 25/11/2021 por Lusa

Mundo

Cairo

Além das penas capitais, para as quais foram, entretanto, esgotados todos os recursos legais, o tribunal de apelo também manteve as sentenças de prisão, que variam entre vários anos e a perpétua, contra 118 outros réus, acrescentou a fonte. 

Todos os condenados são acusados de ligações ao líder 'jihadista' egípcio Hicham el-Achmawy, um ex-oficial das forças especiais que pegou em armas contra as autoridades e foi executado em março de 2020. 

Acusado de desempenhar um papel importante nas redes 'jihadistas' transfronteiriças no norte de África, el-Achmawy, que deixou o exército egípcio em 2012, foi durante muito tempo um dos homens mais procurados do país.

Na ocasião, o tribunal militar também o considerou culpado de liderar o grupo 'jihadista' Ansar beit al-Maqdes, na península do Sinai, no leste do país, onde decorreu a revolta que se intensificou após a demissão do então Presidente egípcio islâmico, Mohamed Morsi, em 2013.

Neste mesmo ano, Achmawy deixou o Sinai e foi para a Líbia, antes de o movimento Ansar Beit al-Maqdes se comprometer, em novembro de 2014, com o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), permanecendo, porém, próximo da organização rival Al-Qaida. 

Desde o derrube do regime de Mohamed Morsi e a respetiva substituição pelo ex-marechal Abdel Fattah al-Sissi, eleito Presidente em 2014, a repressão da oposição, desde os islâmicos aos liberais, continuou a ganhar força. 

Os julgamentos por "terrorismo" têm-se multiplicado, o mesmo sucedendo com o pronunciamento de centenas de penas de morte.

Em abril, a Amnistia Internacional (AI) denunciou que o número de execuções no Egito triplicou em 2020, tornando o país o terceiro que mais concretiza as penas de morte em todo o mundo, atrás da China e do Irão.

Leia Também: Uma centena de jihadistas entregam-se aos talibãs no Afeganistão

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