Primeiro-ministro grego receia impacto de rotura entre Reino Unido e UE

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, afirmou hoje que uma rotura nas relações entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) por causa da situação pós-Brexit na Irlanda do Norte afetará "inevitavelmente" parcerias bilaterais com países europeus. 

Notícia

© Getty Imagens

Lusa
23/11/2021 16:02 ‧ 23/11/2021 por Lusa

Mundo

Brexit

"Precisamos de ter muito cuidado para não colocar em risco a estrutura que estabelecemos", disse, durante uma sessão do congresso da organização do patronato Confederation of British Industry (CBI). 

Na sua opinião, "o pior cenário seria uma rotura no que foi acordado como resultado de uma espécie de complicação no que diz respeito à situação da Irlanda do Norte". 

"Penso que este litígio pode ser resolvido de boa-fé e, claro, no quadro geral do acordo de comércio e cooperação", acrescentou Mitsotakis.

Londres e Bruxelas entraram numa sexta semana de negociações para tentar resolver os problemas na Irlanda do Norte que resultam das consequências do 'Brexit' na circulação de mercadorias, devido à introdução de novos controlos aduaneiros, sobretudo sobre produtos agroalimentares e medicamentos.

Se o impasse continuar, o Governo britânico ameaça invocar o artigo 16.º do Protocolo da Irlanda do Norte do Acordo de Saída da UE, que suspende partes do texto, o que poderá levar os 27 a retaliarem.

O primeiro-ministro grego disse querer evitar "qualquer interrupção em relação ao grande relacionamento entre a União Europeia e o Reino Unido, porque isso inevitavelmente afetará o que se poderá fazer bilateralmente".

Eleito em 2019 pelo partido conservador Nova Democracia, Kyriakos Mitsotakis, exortou as empresas britânicas a investirem no país, o qual procurou distanciar da crise da dívida soberana e dos resgates de 2011 e 2015.  

"Pensem na Grécia no contexto do que podemos fazer no futuro e não necessariamente no contexto do que aconteceu na última década", vincou. 

Procurando que a Grécia deixe de ser apenas um destino turístico na época do verão, o Executivo criou um regime fiscal para os "nómadas digitais", para atrair estrangeiros em trabalho remoto, e pretende também cativar outros profissionais e reformados. 

Mitsotakis quer que a Grécia deixe de depender do turismo como atividade económica para acolher mais investimento externo, investigação e desenvolvimento e aumentar as exportações. 

"A Grécia está a tornar-se mais multifacetada no que diz respeito à sua pegada económica e comercial", sublinhou.

Leia Também: Impasse sobre Irlanda do Norte prolonga negociações com UE

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas