Líbia: Ex-ministro Fathi Bachagha candidata-se às presidenciais
O antigo ministro do Interior da Líbia, Fathi Bachagha, apresentou hoje oficialmente a sua candidatura à eleição presidencial prevista para dezembro, elevando para 15 os candidatos registados oficialmente.
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"Eu, Fathi Bachagha, declaro a minha candidatura à eleição presidencial", declarou Bachagha após a apresentação da sua candidatura no gabinete da Alta comissão eleitoral (HNEC), em Tripoli.
Segundo a HNEC, a candidatura do ex-influente ministro do Interior eleva para 15 o número de candidatos oficialmente registados para a eleição de 24 de dezembro, e onde se incluem designadamente Seif al-Islam Kadhafi, filho do dirigente líbio derrubado e morto em 2011, e Khalifa Haftar, o homem forte do leste do país.
O último candidato a apresentar-se oficialmente foi Ahmed Maitig, um milionário da cidade de Misrata, ex-vice-presidente do Governo de Acordo Nacional (GNA) promovido em 2016 pela ONU em Tripoli, e com importantes ligações no exterior.
Na tarde de quarta-feira, o presidente do parlamento líbio, Aguila Saleh, 77 anos, anunciou a sua candidatura num discurso transmitido pela televisão, mas ainda não apresentou o seu dossier.
Antigo piloto de caça, Bachagha, 59 anos, fracassou em fevereiro na tentativa de obter a chefia do Executivo de transição face ao atual primeiro-ministro Abdelhamid Dbeibah.
Figura decisiva no Conselho Militar de Misrata (oeste), formado durante a rebelião, Bachagha ficou conhecido pela população durante a sua passagem pela chefia do Ministério do Interior entre 2018 e o início de 2021. Alguns dias antes de ceder o seu cargo de ministro do Interior, escapou a uma tentativa de assassinato perto de Tripoli.
Num período em que numerosas milícias impunham a sua lei no oeste da Líbia, conduziu a partir do ministério que chefiava uma campanha para reduzir a influência destes grupos armados, oferecendo designadamente estágios de formação aos milicianos que aceitassem integrar as forças da ordem.
Desde a queda de Muammar Kadhafi em 2011, o país da África do Norte e antiga colónia italiana, que garantiu a independência em 1951, está envolvido em rivalidades entre várias regiões, lutas pelo poder e ingerências externas, num contexto económico e social muito degradado.
A eleição presidencial, a primeira de um chefe de Estado líbio por sufrágio universal, destina-se a pôr termo a um complexo processo político patrocinado pela ONU. Mais de 2,83 milhões de líbios, num total de cerca de sete milhões de habitantes, estão inscritos para a votação.
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