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EUA podem entrar em incumprimento da dívida nacional após 15 de dezembro

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na terça-feira, perante o Congresso, que pode ficar sem espaço de manobra para evitar uma situação de incumprimento da dívida nacional após 15 de dezembro.

EUA podem entrar em incumprimento da dívida nacional após 15 de dezembro
Notícias ao Minuto

07:19 - 17/11/21 por Lusa

Mundo Janet Yellen

Numa carta dirigida aos líderes do Congresso, Janet Yellen alertou que o departamento que dirige pode ficar a partir de 15 de dezembro com recursos insuficientes para continuar a financiar o governo.

A nova data divulgada pela secretária do Tesouro é 12 dias depois de 03 de dezembro, momento que tinha fixado anteriormente numa carta dirigida ao Congresso, em 18 de outubro, noticia a agência AP.

Tal como já tinha feito no passado, Janet Yellen pediu ao Congresso para que este lide com o limite da dívida rapidamente para evitar um possível 'default' das obrigações do país.

"Para garantir a fé e o crédito total dos Estados Unidos, é fundamental que o Congresso aumente ou suspenda o limite da dívida o mais rápido possível", destacou.

Janet Yellen alertou ainda que permitir que o governo deixe de pagar seria catastrófico e provavelmente empurraria o país para uma recessão.

A Câmara dos Representantes aprovou em 13 de outubro o aumento do limite da dívida pública federal.

Esta aprovação, depois da do Senado, afastou temporariamente o cenário de os EUA entrarem em inédito incumprimento, por incapacidade de obtenção de financiamento para o serviço da dívida, o que dizimaria a sua economia e teria ondas de choque no mundo.

O facto de este aumento do limite estar delimitado no tempo até ao início de dezembro, significava que o problema iria voltar a colocar-se antes do final do ano.

Na carta divulgada na terça-feira, a responsável pelo Departamento do Tesouro norte-americano esclareceu ainda que o tempo extra [até 15 de dezembro] reflete uma estimativa mais atualizada das receitas e gastos do governo, que sofreu também o impacto do plano de investimento em infraestruturas que o Presidente dos EUA Joe Biden assinou na segunda-feira.

Este plano exige a transferência pelo Tesouro, até 15 de dezembro, de 118 biliões de dólares [cerca de 104 biliões de euros] para o fundo rodoviário.

Apesar de ter "um alto grau de confiança" de que consegue financiar o governo dos EUA até 15 de dezembro e concluir a transferência para o fundo, há cenários em que o governo ficará com recursos insuficientes para financiar operações para além de 15 de dezembro, atirou.

A necessidade de aumentar ou suspender o limite da dívida é apenas uma das questões orçamentais que o Congresso enfrenta, pois também deverá ser aprovado um orçamento até 03 de dezembro, quando as atuais medidas provisórias de financiamento se esgotarem, para evitar uma paralisação do governo.

Os democratas pretendem aprovar medidas de 1,75 biliões de dólares [cerca de 1,5 biliões de euros] para expandir a rede de segurança social e lidar com as ameaças das alterações climáticas.

A porta-voz da maioria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, disse esperar que este órgão possa aprovar a medida, que os republicanos rejeitam, esta semana, sendo que deverá também ser aprovada pelo Senado.

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