Irão anuncia libertação de petroleiro vietnamita apreendido no mar de Omã
Os Guardas da Revolução do Irão anunciaram hoje a libertação de um petroleiro de bandeira vietnamita que tinham apreendido recentemente no mar de Omã.
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Mundo Irão
"O petroleiro Sothys foi libertado por ordem judicial após ter sido esvaziado do petróleo pertencente à República Islâmica do Irão, em Bandar Abbas", divulgou hoje o Sepanews, o portal oficial na internet dos Guardas da Revolução.
O Irão e os Estados Unidos apresentaram versões contraditórias na quarta-feira passada sobre o incidente ocorrido no Mar da Arábia.
Num comunicado, os Guardas da Revolução - exército ideológico do Irão - afirmaram ter frustrado uma tentativa da marinha dos Estados Unidos de apreender um navio que transportava petróleo iraniano no mar de Omã, sem especificar a data exata do incidente.
O Pentágono desmentiu veementemente tal incidente.
De acordo com as forças militares da República Islâmica, o incidente ocorreu em várias fases, tendo "os Estados Unidos primeiro arrestado um navio que exportava petróleo iraniano e transferido a sua carga para outro petroleiro".
Na segunda fase, segundo o Sepanews, a marinha da Guarda da Revolução, apoiada pela sua força aérea, capturou "o outro petroleiro", nomeadamente, o petroleiro vietnamita.
Durante um encontro com oficiais da marinha, o líder dos Guardas da Revolução, general Hossein Salami, elogiou hoje "a determinação, a inteligência e a coragem das crianças do Irão que derrotaram os norte-americanos".
Salami menosprezou a versão norte-americana do incidente, dizendo ser uma "grande mentira".
As autoridades vietnamitas disseram na quinta-feira passada que estavam "a trabalhar em estreita colaboração" com o Irão para esclarecer a apreensão do petroleiro, acrescentando que os 26 tripulantes estavam bem de saúde e estavam a ser bem tratados.
O Irão e os Estados Unidos cortaram relações diplomáticas em 1980, meses depois de estudantes islamitas terem feito reféns na embaixada norte-americana em Teerão.
A tensão entre os dois países aumentou desde a retirada de Washington, em 2018, de um acordo nuclear entre o Irão e seis potências ocidentais, seguida da reposição de pesadas sanções norte-americanas contra o Irão.
Em 2019, avolumaram-se receios de uma escalada entre Teerão e Washington na sequência de ataques não reivindicados a navios na região do Golfo, um 'drone' abatido e petroleiros apreendidos.
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