Os combates tiveram lugar na terça-feira e hoje em duas aldeias do território de Djugu, depois de milicianos do grupo Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco) terem incendiado mais de 20 casas em quatro grupos vizinhos e atacado uma posição das Forças Armadas da RDCongo.
"Os nossos elementos encontraram 27 corpos de milicianos Codeco, três armas do tipo AK 47 foram recuperadas. Infelizmente, perdemos quatro soldados", disse o tenente Jules Ngongo, porta-voz do exército em Ituri, numa declaração.
"E ainda estamos à procura porque causámos enormes perdas e danos no campo destes milicianos", acrescentou o oficial.
Lutute Ndjingunga, líder da chefia Bahema Baguru no território de Djugu, explicou que, enquanto falava, quatro grupos da sua chefia "estão a ser esvaziados dos seus habitantes".
Em Beni, na província vizinha do Kivu do Norte, o Exército anunciou que tinha matado "três rebeldes do grupo das Forças Democráticas Aliadas [ADF] na quinta-feira", disse o capitão Antony Mualushayi, porta-voz do Exército na região.
A província rica em ouro de Ituri está novamente mergulhada num ciclo de violência desde finais de 2017 com o advento da milícia Codeco, que afirma defender a comunidade Lendu.
As províncias do Kivu Norte e Ituri estão sob estado de sítio desde 06 de maio, uma medida excecional para combater grupos armados, nomeadamente a Codeco e as ADF. As autoridades civis foram substituídas por oficiais militares e policiais.
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