Crise energética. UE desbloqueia 60 milhões para ajudar Moldávia
A União Europeia (UE) vai desbloquear 60 milhões de euros para ajudar a Moldávia a enfrentar a crise energética provocada pelo aumento dos preços do gás russo, anunciou hoje a Presidente da Comissão Europeia (CE), Úrsula Von der Leyen.

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Economia Crise/Energia
"O Conselho de Associação UE/Moldávia de amanhã (quinta-feira) reforçará ainda mais a nossa cooperação e, nesse contexto, a Comissão [Europeia] põe à disposição 60 milhões de euros para ajudar a Moldávia a gerir a atual crise energética", revelou Von der Leyen na rede social Twitter após uma reunião com a primeira-ministra moldava, Natália Gavrilita.
Bruxelas é palco quinta-feira da VI Reunião do Conselho de Associação UE-Moldávia, presidida pelo alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, e com Gavrili?a a liderar a delegação moldava, num encontro em que o comissário europeu para a Política de Vizinhança e Alargamento, Oliver Varhelyi, representa a Comissão Europeia.
A Moldávia, um país de 2,6 milhões de habitantes localizado entre a Roménia e a Ucrânia, adquire tradicionalmente gás proveniente da Rússia através da região separatista pró-russa da Transnístria e da Ucrânia.
As complicações surgiram quando, este mês, a empresa russa Gazprom aumentou os preços do gás em quase 43%, medida que o governo moldavo considerou "injustificada e irreal" para o país, um dos mais pobres da Europa.
O governo da Moldávia decretou, então, o estado de emergência energética, o que lhe permitiu comprar gás à Polónia, sendo esta a primeira vez que o faz desde a independência, em 1991.
A crise energética na Moldávia levou também a que fosse extinta a conhecida "chama eterna" do monumento dedicado aos soldados soviéticos mortos na Segunda Guerra Mundial e localizado na capital, Chisinau.
O vice-primeiro-ministro da Moldávia, Andrei Spinu, que tutela também a pasta das Infraestruturas e do Desenvolvimento Regional, viajou hoje para São Petersburgo para negociações com o presidente da Gazprom, Alexei Miller, com o objetivo de concluir um contrato de longo prazo para o fornecimento de gás russo.
Moscovo nega ter aumentado os preços do gás para punir a Moldávia após a eleição em 2020 do Presidente pró-europeu Maïa Sandu.
A Presidência russa afirmou hoje que as negociações atuais são "puramente comerciais" e refutou qualquer pressão geopolítica sobre Chisinau.
Antiga república soviética, a Moldávia está dividida entre os partidários de uma reaproximação a Moscovo e os que desejam aderir à União Europeia.
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