Rússia anuncia nova reunião da "troika ampliada" no Paquistão
A "troika ampliada" que tenta soluções para a crise afegã prevê reunir-se em Islamabade na segunda quinzena de novembro, anunciou hoje o representante especial do presidente russo para o Afeganistão, Zamir Kabulov.
© Sanchit Khanna/Hindustan Times via Getty Images
Mundo Afeganistão
"Os nossos colegas paquistaneses propuseram a realização em Islamabade de uma reunião da 'troika ampliada' na segunda quinzena de novembro", disse o diplomata russo durante uma conferência de imprensa realizada através de meios remotos.
Este grupo de países é atualmente constituído pela Rússia, Estados Unidos, Paquistão e República Popular da China.
Zamir Kabulov disse ainda que o novo representante dos Estados Unidos, Thomas West, comunicou que espera uma data precisa, admitindo que vai participar no encontro.
"Nessa reunião temos previsto o debate de assuntos práticos concretos", disse Kabulov assinalando o trabalho conjunto com as Nações Unidas, que convocou uma conferência de doadores.
O representante especial do Kremlin disse ainda que o principal resultado da reunião que decorreu no passado dia 20 de outubro, do chamado "Formato de Moscovo" foi a "posição comum" dos países vizinhos do Afeganistão e da região sobre o que "se espera" das novas autoridades de Cabul.
"Assim, (as expectativas) incluem a luta contra o terrorismo e o tráfico de drogas, um caráter mais inclusivo do novo governo afegão e o respeito pelas normas humanitárias básicas", sublinhou.
Na reunião do grupo "Formato de Moscovo" participaram representantes da Rússia, Índia, Irão, Paquistão, República Popular da China, Uzbequistão, Turquemenistão, Tajiquistão e Cazaquistão, além da delegação dos talibãs (Emirato Islâmico).
De acordo com Kabulov, "quase todos" os participantes da reunião expressaram disposição para "examinarem de forma séria" o reconhecimento do governo provisório dos talibãs, mas esperam reações positivas de Cabul sobre as preocupações expostas pelos vários países.
As principais preocupações, disse, referem-se ao terrorismo e ao tráfico de estupefacientes e a "não utilização" do território afegão como forma de ameaça à segurança dos países vizinhos e de outros Estados.
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