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Conflitos de interesses podem prejudicar legitimidade da COP26

Os progressos lentos no combate aos conflitos de interesses podem deixar a conferência da ONU sobre alterações climáticas (COP26) vulnerável a influências indevidas, que prejudicarão a sua legitimidade pública, alertou hoje a Transparência Internacional.

Conflitos de interesses podem prejudicar legitimidade da COP26
Notícias ao Minuto

15:51 - 21/10/21 por Lusa

Mundo COP26

A poucos dias do início da COP26, que vai decorrer na cidade de Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro, a organização independente anticorrupção solicitou ao anfitrião Reino Unido que utilize a presidência dessa conferência para introduzir medidas que ajudem a enfrentar conflitos de interesse na política climática.

A organização que está presente em mais de 100 países adiantou que enviou uma carta ao presidente da COP29, Alok Sharma, a alertar que a perceção destes conflitos de interesses é suficiente "para minar a confiança do público e ameaçar o progresso em direção às metas do Acordo de Paris", adiantou a Transparência Internacional em comunicado.

"Durante anos, os produtores de gases com efeito de estufa têm gastado milhares de milhões de dólares fazendo `lobby´ contra a ação climática, diluindo a política climática e impedindo que sejam feitos avanços" nas políticas ambientais, salientou a organização.

De acordo com a Transparência Internacional, as maiores companhias petrolíferas mundiais "gastam um total de aproximadamente 200 milhões de dólares por ano" em ações de `lobby´ para "controlar, atrasar ou bloquear" a política climática nos quatro anos após a formalização do Acordo de Paris de 2015.

"A crise climática é, sem dúvida, o maior desafio global que já enfrentamos. Conflitos de interesse - sejam reais ou percecionados - minam a ação climática, causando uma perda de confiança e de impulso no processo para alcançar as metas do Acordo de Paris", considerou Delia Ferreira Rubio, presidente da Transparência Internacional.

Citada no comunicado, a responsável da organização defendeu ainda a "necessidade urgente de processos para evitar que os interesses privados prejudiquem o bem comum" ao nível da política ambiental.

O Reino Unido é o anfitrião e preside, em parceria com a Itália, à 26.ª Conferência das Partes (COP) das Nações Unidas, que vai procurar por em prática as compromissos do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de limitar o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados, de preferência a 1,5 graus centígrados.

Embora a maioria dos países desenvolvidos já tenha anunciado as suas metas para a redução das emissões de dióxido de carbono, falta saber os planos da China e Índia, que juntas representam cerca de um terço do total mundial.

Mais de 120 líderes mundiais são esperados num encontro de alto nível nos primeiros dias da COP26, que deverá juntar cerca de 25 mil participantes, entre políticos, ativistas, especialistas e negociadores nacionais.

Leia Também: Putin não vai a Glasgow para a conferência mundial do clima

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