Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 14º MÁX 21º

Israel divulga plano para combater assassínios na comunidade árabe

O governo de Israel divulgou hoje um plano para combater os assassínios que atingem um nível sem precedentes na comunidade árabe do país, prevendo entre outras medidas o reforço do policiamento.

Israel divulga plano para combater assassínios na comunidade árabe
Notícias ao Minuto

14:36 - 20/10/21 por Lusa

Mundo Israel

Desde o início do ano foram cometidos 102 homicídios na comunidade árabe israelita, suscitando uma preocupação crescente em relação ao aumento de violência no seio de uma minoria que há muito se queixa de ser vítima de discriminação.

A última vítima foi um homem de 26 anos, originário de Umm al-Fahm, cidade de 50.000 habitantes no norte de Israel, e que morreu hoje, após a viatura em que seguia ter sido alvo de disparos, segundo a polícia.

Algumas horas mais tarde, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, anunciou ter ordenado o destacamento de duas unidades da polícia de fronteiras para "ajudar a lutar contra a criminalidade nas comunidades árabes".

Ao apresentar hoje um plano provisório para seis meses no parlamento (Knesset), o vice-ministro da Segurança Pública, Yoav Segalovitz, declarou que Israel está numa "situação de emergência".

O plano prevê o reforço da segurança pelo exército, com o apoio do Shin Bet, o serviço de segurança interna, para impedir o contrabando de armas.

O governo pretende ainda investir na prevenção de criminalidade, proteção social, infraestruturas, educação e habitação para as populações árabes, adiantou Segalovitz.

Projetos de lei que estão em análise no parlamento preveem penas mínimas para a posse ilegal de armas e alargam os poderes da polícia, permitindo-lhe realizar buscas sem mandado.

Os deputados árabes no Knesset estão divididos sobre como lidar com a violência.

Sami Abu Shahadeh, deputado da oposição, considerou ser necessária uma maior transparência policial, após anos de fracasso na luta contra os assassínios.

Representando cerca de um quinto da população, os cidadãos árabes de Israel são os descendentes dos palestinianos que ficaram nas suas terras após a criação do Estado hebreu em 1948.

Possuem passaporte israelita e têm direito de voto, mas denunciam ser alvo de discriminação, sobretudo em relação à habitação e à aplicação da lei.

Leia Também: Israel dá mais três mil autorizações de trabalho para habitantes de Gaza

Recomendados para si

;
Campo obrigatório