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Europa de Leste com recordes de casos e pouca vacinação

Vários países do leste europeu, como a Ucrânia, a Letónia e a Bulgária têm registado recordes de infeções ou número de mortos causados pela Covid-19, acompanhando a tendência que se regista na Rússia há várias semanas.

Europa de Leste com recordes de casos e pouca vacinação
Notícias ao Minuto

13:57 - 19/10/21 por Lusa

Mundo Covid-19

A Ucrânia registou 538 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde neste país atingido por uma nova vaga da pandemia agravada por uma vacinação lenta.

De acordo com o Governo ucraniano, foram contabilizadas 15.579 novos infetados num dia, sendo que 2.852 foram hospitalizados.

Desde o início da pandemia, mais de 61.000 pessoas morreram oficialmente devido ao coronavírus na Ucrânia, pelo que o país, onde vivem 45 milhões de habitantes, é proporcionalmente um dos que mais mortes apresenta na Europa.

Apesar de estarem disponíveis quatro vacinas na Ucrânia, apenas 16% da população está imunizada, de acordo com dados oficiais e multiplicam-se os falsos testes certificados de vacinação.

A situação levou Kiev a decidir, em meados de setembro, reintroduzir restrições em eventos públicos e salas de espetáculos.

As restrições, mas mais drásticas, também foram a solução adotada na Letónia, onde o primeiro-ministro anunciou que na próxima quinta-feira terá início um confinamento com duração de quase um mês.

A medida será acompanhada de recolher obrigatório e foi adotada devido ao agravamento do número de infeções por covid-19 no país, onde a taxa de vacinação é das mais baixas da União Europeia.

Até agora, a Letónia, país onde vivem 1,9 milhões de pessoas, registou cerca de 190.000 casos confirmados de covid-19 e quase 2.900 mortes.

O Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da Letónia avançou na segunda-feira que a taxa de incidência da doença no país é de 864 pessoas por cada 100.000 habitantes, constituindo atualmente uma das mais altas do mundo.

A baixa taxa de vacinação também está a afetar a Bulgária que, nas últimas 24 horas, registou quase 5.000 novas infeções, o maior número desde março passado, enquanto 214 pessoas morreram de covid-19 num único dia.

Segundo o Ministério da Saúde, só na segunda-feira tiveram de ser internados 1.251 novos doentes com covid-19, elevando o número de internados para 6.258, o maior desde maio.

A grande maioria dos internados (89%) e de mortos (94%) não foram vacinados.

A Bulgária continua no último lugar da lista de países da União Europeia em termos de população vacinada, com apenas 23,9% das pessoas com o esquema completo.

Perante a situação, o Governo admitiu estar a ponderar a introdução de novas restrições, como limitar o acesso a eventos desportivos, culturais e de lazer apenas a pessoas vacinadas, curadas ou com um teste de coronavírus negativo.

Um pouco mais a leste, na Rússia, os números associados à pandemia continuam a bater recordes diários, tendo o país registado 1.015 óbitos nas últimas 24 horas.

O último recorde tinha sido registado no sábado, com 1.002 mortes pela covid-19.

As autoridades atribuem o aumento dos casos não só à maior agressividade da variante delta do novo coronavírus e à coincidência com a temporada de gripe, mas também ao baixo índice de vacinação e ao não cumprimento das medidas sanitárias pela população.

Até ao momento, 47,2 milhões de cidadãos receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 em todo o país, ou seja, menos de um terço da população, o que é insuficiente para alcançar a imunidade de grupo.

Em Moscovo, as autoridades voltaram a multar as pessoas que não usam máscaras ou que utilizam máscaras colocadas de forma incorreta nos transportes públicos, de acordo com a agência de notícias RIA Novosti.

Desde o início de outubro, mais de 20.000 violações das medidas sanitárias foram identificadas no metro e no transporte público de superfície.

A covid-19 provocou pelo menos 4.902.638 mortes em todo o mundo, entre mais de 241 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência francesa de notícias AFP.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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