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Ator da Nigéria preso por suspeita de apoiar movimento separatista
Um famoso ator de cinema nigeriano foi preso pelos militares na quinta-feira sob a acusação de incitar os residentes do sudeste do país a apoiarem um movimento separatista proibido pelas autoridades, afirmaram os militares em comunicado.
© Reuters
Mundo Nigéria
Chiwetalu Agu, que protagonizou mais de duas dúzias de filmes Nollywood, foi preso na quinta-feira no estado de Anambra, no sudeste do país mais populoso de África, atingido por movimentos separatistas, noticiaram os meios de comunicação locais.
O exército confirmou a sua prisão numa declaração que dizia que os soldados o tinham impedido enquanto ele solicitava "apoio público para o Movimento de Independência dos Povos Indígenas de Biafra (Ipob), proibido".
O Ipob sonha em reanimar a extinta República de Biafra, cuja declaração de independência levou a uma guerra civil de 30 meses, entre 1967 e 1970.
"Chiwetalu Agu, vestido com o traje do grupo proibido, foi levado para interrogatório enquanto incitava as pessoas a juntarem-se ao movimento", disseram os militares.
Num vídeo amplamente partilhado nas redes sociais, o famoso ator veste uma roupa verde, vermelha e preta, na qual está impresso o símbolo de Biafra, um sol meio amarelo.
No vídeo, o ator diz à polícia que não está a incitar à violência, mas apenas a distribuir pão à população.
O incidente aconteceu numa altura em que as forças de segurança intensificaram o seu controlo no estado de Anambra, onde a eleição para governador local deverá ter lugar no início de novembro.
Nos últimos meses, a violência irrompeu nos estados do sudeste, resultando na morte de pelo menos 127 polícias e pessoal de segurança, segundo a polícia.
As autoridades acusam a Ipob e a sua ala paramilitar de estarem por detrás da violência, o que o movimento nega.
A retórica separatista está a crescer no período que antecede as eleições presidenciais de 2023 no país mais populoso de África, que é rico em petróleo, mas cuja economia tem sido gravemente prejudicada pela má gestão e pela pandemia de covid-19.
Leia Também: Ataque a aldeia no centro da Nigéria fez 13 mortos
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