Comissário da ONU visita Paquistão para coordenar ajuda humanitária

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, reuniu hoje com vários representantes do Governo do Paquistão na tentativa de coordenar a entrega de ajuda humanitária ao Afeganistão.

Filippo Grandi

© Getty Images

Lusa
17/09/2021 19:30 ‧ 17/09/2021 por Lusa

Mundo

Afeganistão

 

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"O Paquistão terá um importante papel e apoio na assistência humanitária no Afeganistão", disse o Alto-Comissário para os Refugiados durante uma conferência de imprensa em Islamabade, agradecendo às autoridades paquistanesas por terem "facilitado a operação humanitária no Afeganistão".

O Paquistão - que compartilha uma longa fronteira com o Afeganistão e cujo Governo mantém uma posição de influência histórica sobre os talibãs - tornou-se um canal fundamental não apenas para a entrega de ajuda humanitária, mas também para a evacuação da região.

"Os talibãs expressaram o desejo de que a assistência humanitária seja distribuída o mais rápido possível. As condições são muito difíceis. O país precisa desesperadamente de alimentos, cuidados médicos e abrigos", explicou Grandi, lembrando que mais de 3,5 milhões de pessoas foram deslocadas por causa do conflito no Afeganistão.

Outra das prioridades de Grandi nesta visita a Islamabade é abordar a situação dos refugiados no Paquistão, que abriga cerca de 1,4 milhões de afegãos legalmente registados e cerca de outro milhão sem documentos.

As autoridades paquistanesas limitaram a entrada de afegãos através das suas fronteiras, aceitando apenas pessoas com permissão de viagem ou com vistos.

O Alto-Comissário das Nações Unidas disse entender a situação no Paquistão, que recebeu deslocados do conflito afegão nos últimos 40 anos, mas pediu ao Governo que não mande essas pessoas de volta, pois podem representar um risco.

A presença de Grandi em Islamabad foi precedida por uma visita de três dias ao Afeganistão, na qual o Alto-Comissário reuniu com vários líderes do Governo talibã.

"Se o país entrar em colapso, talvez haja um grande movimento (de refugiados). Esperamos que a nova administração não comece a revelar divisões internas. Levantei a questão (dos direitos humanos) nas minhas reuniões com várias autoridades dos talibãs", acrescentou Grandi, que sublinhou que, como organização internacional, a ONU não está em condições de reconhecer ou não os talibãs.

Durante a sua viagem ao Afeganistão, Grandi exortou a comunidade internacional a comprometer-se com este país, para prevenir uma crise humanitária "que terá implicações não apenas regionais, mas globais".

Leia Também: Afeganistão: ONU aprova prolongamento da sua missão por mais seis meses

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