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Afeganistão centra atenções em reuniões de ministros da UE

A situação no Afeganistão centra hoje as atenções nas reuniões informais de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), na Eslovénia, numa 'rentrée' comunitária marcada pela abrupta tomada de Cabul pelos talibãs em agosto.

Afeganistão centra atenções em reuniões de ministros da UE
Notícias ao Minuto

06:40 - 02/09/21 por Lusa

Mundo União Europeia

Estas reuniões, nas quais Portugal estará representado pelos ministros João Gomes Cravinho e Augusto Santos Silva, assinalam tradicionalmente a 'rentrée' política europeia, mas a chegada ao poder dos talibãs, concretizada em 15 de agosto para surpresa da comunidade internacional, e a consequente megaoperação de evacuação levaram já à realização de diversas reuniões ao nível dos 27, incluindo uma videoconferência de chefes da diplomacia, dia 20, e duas reuniões de ministros do Interior.

Os ministros da Defesa dos 27, que já tiveram um jantar de trabalho na quarta-feira, em Ljubljana, têm de novo como tema da atualidade a possível criação de uma força militar de intervenção rápida da UE, que já debateram em maio passado, mas que voltou a ganhar relevância com o sucedido no Afeganistão, na sequência da retirada das forças militares até 31 de agosto decidida pelos Estados Unidos, que os seus aliados tiveram naturalmente de acompanhar.

Recentemente, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell -- que presidirá às duas reuniões, separadas, de ministros da Defesa e de chefes de diplomacia -, defendeu a criação de uma força militar europeia composta por 50 mil militares, para que a UE possa agir em "circunstâncias como as do Afeganistão", ideia que tem o apoio de Portugal.

A Bússola Estratégica, que visa a definição de orientações e de objetivos na área da Segurança e Defesa e que já foi um dos dossiês em destaque durante a presidência portuguesa do Conselho da UE, no primeiro semestre do ano, é outro dos temas principais na agenda da reunião de ministros da Defesa, que deverão também fazer um ponto da situação das atividades operacionais da UE pelo mundo, incluindo a constituição da missão de formação militar em Moçambique, aprovada em julho, e que deverá estar no terreno em outubro, comandada pelo general português Nuno Lemos Pires.

Ao final da tarde, e uma vez já concluídos os trabalhos da informal de Defesa, terá início a reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, que prosseguirá até sexta-feira, e na qual os chefes de diplomacia deverão focar-se na questão delicada do futuro relacionamento com os talibãs, novos líderes do Afeganistão.

De acordo com uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, os chefes de diplomacia da UE também abordarão as relações UE-China e a região do Golfo, encerrando os trabalhos com um almoço de trabalho na sexta-feira entre os 27 e o chefe da diplomacia da Índia.

Antes desta reunião informal -- denominada «Gymnich», dado a primeira reunião informal de chefes de diplomacia da então CEE, em 1974, ter tido lugar no castelo alemão com esse nome -, Augusto Santos Silva intervirá ao início da tarde de quinta-feira no Fórum Estratégico de Bled, cuja 16ª edição decorre nesta localidade eslovena, participando em dois painéis, um sobre a região do Mediterrâneo e outro sobre o Indo-Pacífico.

Leia Também: "Há dificuldades operacionais" na saída do Afeganistão e serão crescentes

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