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"Há dificuldades operacionais" na saída do Afeganistão e serão crescentes

Eduardo Cabrita reconheceu que há "dificuldades operacionais" na saída de pessoas do Afeganistão e avisou que estas "serão crescentes" a partir de agora. O ministro assegurou também que os estados-membros da União Europeia não definiram quotas para receber refugiados afegãos.

"Há dificuldades operacionais" na saída do Afeganistão e serão crescentes
Notícias ao Minuto

18:10 - 31/08/21 por Filipa Matias Pereira

País Afeganistão

Num dia que Eduardo Cabrita classificou como "de virar de página" no Afeganistão, após a saída dos militares norte-americanos, chegaram a Portugal mais 18 afegãos - num total de 84 desde a passada sexta-feira. O ministro da Administração Interna reconheceu que "há dificuldades operacionais" na saída de pessoas do Afeganistão e avisou que, "a partir de agora, serão crescentes". 

No final de uma reunião extraordinária dos ministros dos Assuntos Internos, em Bruxelas, o governante esclareceu que nem "Portugal nem nenhum país se comprometeu com qualquer número" de acolhimento de refugiados. Porém, vincou, "Portugal reafirmou o seu princípio de participação, como tem feito, e que o distingue como um dos países com uma participação mais elevada em programas europeus de reinstalação. E já fizemos o número avançado inicialmente de 50 pessoas acolhidas. Já está superado".

A estas 84 pessoas que chegaram a território nacional será "atribuído o estatuto de proteção internacional adequado e Portugal manifestou concordância, num quadro de uma estratégia europeia de reinstalação, participar nestes segmentos que entendemos que são mais vulneráveis, mulheres, crianças, ativistas de direitos humanos, jornalistas". 

Eduardo Cabrita acredita que "a Europa está [agora] mais preparada" e tem "uma experiência comum" que lhe permitirá evitar uma eventual crise de refugiados como a de 2015. "O que resulta claramente da reunião de hoje é que a prioridade de uma atuação solidária na dimensão humanitária é uma condição para prevenirmos uma situação futura de crise de segurança ou migratória".

Na reunião extraordinária de hoje, o esforço incidiu na "criação de uma formulação que salvaguarda a prioridade humanitária e a preocupação que todos temos: que o Afeganistão não seja a base para a promoção de riscos terroristas acrescidos para a Europa", destacou ainda. 

Com efeito, continuou, "sendo claras as prioridades de grupos a proteger e de grupos a serem destinatários de ações de reinstalação", justifica-se a realização de "um fórum de alto nível, a promover pela Comissão Europeia, em setembro, que aprofunde este trabalho". 

Frisou adicionalmente o ministro com a pasta da Administração Interna que "não é nenhuma surpresa que nem todos os países veem com o mesmo entusiasmo a participação neste esforço de reinstalação". 

A reunião de hoje centrou-se no debate político em torno da situação no Afeganistão, tendo em vista a definição de uma resposta europeia comum, designadamente nas áreas da proteção internacional, proteção dos afegãos que colaboraram com a União Europeia ou seus Estados-membros e suas famílias, proteção das fronteiras externas da União Europeia e prevenção de ameaças terroristas.

Reveja o briefing:

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