Numa reunião realizada por videoconferência na segunda-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Sudão, Mariam al-Mahdi, concordou com o enviado especial do secretário-geral da ONU para o Corno de África, Jeffrey Feltman, sobre a retirada dos elementos etíopes da força das Nações Unidas "nos próximos três meses", noticia hoje a agência noticiosa estatal Suna, citada pela agência France-Presse (AFP).
A ministra prometeu facilitar a retirada das tropas "sem problemas" e a receção de um novo contingente de outros Estados participantes na força, de acordo com a mesma fonte.
A região foi colocada sob proteção da ONU quando o Sudão do Sul conquistou a sua independência do Sudão, em 2011.
A missão, Fisnua, cujo contingente de 4.200 homens é composto maioritariamente por etíopes, foi destacada após confrontos mortais que resultaram em mais de 100.000 deslocados.
Nos últimos meses tem havido também um aumento das tensões entre Sudão e Etiópia, agravadas por outra disputa sobre terrenos férteis na região de al-Fashaga e pelos impasses sobre a Grande Barragem Etíope do Renascimento, construída por Adis Abeba no Nilo Azul e que Cartum vê como uma ameaça ao seu abastecimento de água.