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Presidente da Ucrânia celebra "restauração da independência" da URSS

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reivindicou hoje a "restauração da independência" da Ucrânia em relação à União Soviética há 30 anos, durante um desfile militar em Kiev.

Presidente da Ucrânia celebra "restauração da independência" da URSS
Notícias ao Minuto

12:33 - 24/08/21 por Lusa

Mundo Kiev

"Hoje, é o dia da restauração da independência", disse Zelensky, recorrendo a uma expressão utilizada na Lituânia, Letónia e Estónia para referir a separação da União Soviética, que se dissolveu em 1991.

Esta é a primeira vez que um Presidente da Ucrânia utiliza a expressão, segundo a agência espanhola EFE.

Liderada pela Rússia, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) emergiu em 1921, na sequência da guerra civil russa, e integrou Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estónia, Geórgia, Letónia, Lituânia, Moldávia, Quirguizistão, Tajiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e Uzbequistão.

A declaração de independência da Ucrânia foi aprovada pelo parlamento ucraniano em 24 de agosto de 1991.

"Somos um país jovem com mil anos de História. Somos uma jovem família que tem as suas raízes na gloriosa dinastia da Rússia de Kiev", afirmou, referindo-se ao Estado formado por uma federação de tribos eslavas do século X e XI que a Ucrânia reivindica como "berço" do nacionalismo ucraniano.

"Não somos órfãos, somos descendentes de um Estado poderoso no centro da Europa", disse Zelensky na tribuna instalada na Praça da Independência (Maidan).

Zelensky aproveitou a ocasião para anunciar a criação de um novo feriado nacional, o Dia do Estado Ucraniano, relacionado com a antiga aliança eslava e que será celebrado a 28 de julho.

Durante a cerimónia, o chefe de Estado ucraniano assinou o decreto que estabelece o novo feriado.

Referindo-se à anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, Zelensky disse que Moscovo pode "ocupar territórios, mas não o coração dos ucranianos".

Zelensky sublinhou o caráter multinacional da Ucrânia e salientou que o país não permitirá a ninguém "apropriar-se da sua História" e "anexar os seus heróis".

Disse ainda que a cimeira da Plataforma da Crimeia, realizada na segunda-feira, em Kiev, demonstra um amplo apoio internacional à Ucrânia.

Na cimeira, representantes de 46 países e organizações, incluindo Turquia e União Europeia, assinaram uma declaração a condenar a ocupação e militarização da península da Crimeia pela Rússia.

Leia Também: Ucrânia ordena bloqueio de vários portais eletrónicos noticiosos russos

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