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ONG diz que gangues controlam zonas que necessitam de ajuda no Haiti

O presidente para a Europa da Fundação Nossos Pequenos Irmãos (NPH) declarou hoje que gangues controlam áreas para onde está a ser enviada ajuda internacional devido ao terramoto ocorrido no sábado.

ONG diz que gangues controlam zonas que necessitam de ajuda no Haiti
Notícias ao Minuto

13:30 - 19/08/21 por Lusa

Mundo ONG

Segundo Xavier Adsara, é fundamental ter pessoas locais para interagir com os gangues, grupos paramilitares que controlam áreas como Port-au-Prince, e garantir que a ajuda humanitária possa chegar onde é necessária.

Além disso, as estradas do país estão em muito mau estado e a condução "é muito difícil", pelo que a ajuda dos habitantes locais é essencial.

Um terramoto de magnitude 7,2 na escala de Richter foi registado no último sábado no sudoeste do Haiti, provocando pelo menos 2.189 mortes e 12.268 feridos, de acordo com o último balanço oficial.

Esse número, de acordo com Adsara, vai aumentar com o passar das horas, tendo a fundação estimado que o número de pessoas atingidas chegue a um milhão e meio.

"Faltam medicamentos e médicos", alertou o porta-voz da Fundação, esclarecendo que contam com uma equipa médica profissional e assistentes sociais que "conhecem muito bem o país".

"Deslocámos 13 equipas locais para a área e já estamos a atender em hospitais e nas ruas", acrescentou.

No entanto, Adsara acredita que o desastre não atingirá a magnitude do terramoto que assolou o país em 2010.

"Na ocasião aconteceu em Port-au-Price, com uma população de três milhões de habitantes. Agora os danos serão menores porque tocou áreas que não são tão sobrepovoadas", explicou Adsara.

A maioria das casas e prédios do país são muito precários e muitos não resistem nem mesmo às tempestades tropicais que atingem o território todos os anos.

Na verdade, enquanto ainda se recuperam do terramoto do último sábado, os haitianos estão a preparar-se para a chegada da tempestade tropical Grace, que já está a provocar as primeiras chuvas fortes e a complicar a busca por sobreviventes.

Os objetivos de curto prazo da Fundação no país são assistir a população ferida e acompanhar psicologicamente aqueles que perderam familiares.

Também vão fornecer "alimento e abrigo" para aqueles que perderam tudo no terramoto.

"Precisamos de abrigos e de alojar essas pessoas para que se sintam seguras", declarou.

A Fundação Nossos Pequenos Irmãos, que cuida de cerca de 3.000 crianças em todo o mundo, é proprietária do Hospital Infantil St. Damien, o único exclusivamente para crianças no Haiti.

Leia Também: Sismo no Haiti fez pelo menos 2.189 mortos e mais de 12 mil feridos

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