As imagens analisadas, que foram tiradas a 3 de agosto, revelam inundações em cidades ribeirinhas nas províncias de Hamgyong do Sul e Norte.
Localidades como Hamhung (a segunda cidade do país) e os condados vizinhos de Sinhung, Yonggwang ou Hongwon, ou a cidade de Chongjin (a terceira maior cidade da Coreia do Norte) viram os seus cursos de água transbordar, resultando em danos em casas, estradas e pontes inundadas.
O município de Hoeryong, que faz fronteira com a China, também parece ter sido afetado pelas chuvas torrenciais, embora a cobertura de nuvens tenha impedido uma análise detalhada dos danos.
Embora a imprensa estatal norte-coreana ainda não tenha relatado quaisquer danos, a emissora pública KCTV relatou na quarta-feira que as chuvas atingiram duramente o Nordeste de 1 a 3 de agosto, com áreas como o condado de Puryong, perto de Chongjin, acumulando mais de 580 milímetros de precipitação.
Também avisou que a região noroeste do país poderia também sofrer fortes precipitações entre hoje e amanhã.
As inundações ocorrem depois de o país ter sofrido uma intensa onda de calor durante o último mês que, segundo os meios de comunicação estatais, afetou as colheitas numa altura em que o próprio líder Kim Jong-un admitiu que a Coreia do Norte está a sofrer uma "crise alimentar".
Para combater a pandemia, o país decidiu fechar fortemente as suas fronteiras (impedindo a entrada de capital estrangeiro) no ano passado, quando também sofreu grandes inundações que danificaram os campos devido à passagem de três tufões de Verão.
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