RCA: Ataque de milícias mata soldado do governo e fere 'capacete azul'
Um 'capacete azul' foi ferido e um militar da República Centro-Africana foi morto em ataque de milicianos na noite de segunda-feira a 900 quilómetros da capital, anunciaram a ONU e fontes do setor da segurança.
© Reuters
Mundo RCA
Milicianos lançaram na segunda-feira, "cerca das 20.00 horas, uma série de ataques coordenados na vila de Obo (...), visando as instalações das forças de defesa e de segurança centro-africanas, mas também a base dos 'capacetes azuis' marroquinos", segundo um comunicado da missão da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana (RCA), Minusca, na terça-feira.
Um 'capacete azul' foi "ferido durante os confrontos", mas a sua "condição é estável", ainda segundo a fonte da ONU.
No seu texto, a Minusca adiantou ainda, sem detalhar, que este ataque "infelizmente fez vítimas".
Três fontes do setor da segurança, que solicitaram não serem identificadas, afirmaram que um membro das forças armadas centro-africanas (FACA) tinha sido morto no ataque.
A RCA, segundo país mais pobre do mundo, segundo a ONU, está a ser devastado desde 2013 por uma guerra civil, que, porém, diminuiu de intensidade desde 2018.
A Minusca acusou os membros da União pela Paz na RCA (UPC, na sigla em Francês), uma das principais milícias que combate o governo de Bangui, de ser responsável pelo ataque. A UPC, que está ativa principalmente no leste do país, onde os seus membros controlam numerosas minas, é o grupo mais bem armado na RCA.
"A Minusca condena estes ataques contra as populações e o seu pessoal, que constituem violações do direito internacional humanitário e recorda que tais atos podem constituir crimes de guerra", ainda segundo o comunicado da missão da ONU.
As forças governamentais conseguiram, desde dezembro de 2020, recuperar às milícias várias localidades e boa parte dos dois terços do país que elas controlavam desde há anos, essencialmente graças ao reforço de soldados ruandeses e a paramilitares russos.
A RCA caiu no caos e na violência em 2013, após o derrube do então presidente, François Bozizé, por grupos armados agrupados na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.
Desde então, o país tem sido palco de confrontos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes a abandonarem as suas casas.
Portugal tem 241 militares na RCA, dos quais 183 integram a missão da ONU no país, a Minusca.
Os restantes 58 militares portugueses participam na missão de treino, promovida pela União Europeia, até setembro deste ano.
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