Johnson confirma que maioria das tropas britânicas saiu do Afeganistão
A maioria das tropas britânicas que ainda estavam no Afeganistão, ou seja, 750 soldados designados para apoiar o treino de militares afegãos, já deixou o país, anunciou hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
© Lusa
Mundo Afeganistão
Na sequência da retirada, em curso, dos Estados Unidos e aliados europeus, "todas as tropas britânicas designadas para a missão da NATO estão de regresso", disse Boris Johnson no Parlamento.
"Por razões óbvias de segurança, não vou divulgar o calendário da nossa partida, mas posso dizer à Câmara que a maioria do nosso contingente já saiu", adiantou.
O chefe do Governo britânico garantiu que o Reino Unido vai continuar a prestar assistência ao Afeganistão, nomeadamente através de ajuda externa ao país e ao exército afegão e colaborando no combate ao terrorismo.
"Espero que ninguém chegue à falsa conclusão de que a retirada das nossas forças de alguma forma signifique o fim do compromisso do Reino Unido com o Afeganistão. Não estamos prestes a afastar-nos, nem temos ilusões sobre os perigos da situação de hoje e o que pode estar à frente", vincou.
Na véspera, Johnson tinha admitido estar "apreensivo" sobre o futuro do Afeganistão que disse estar "repleto de riscos", numa referência aos avanços dos Talibã no norte do país.
Um total de 454 militares britânicos morreram no Afeganistão durante o destacamento, uma taxa de mortalidade muito maior em comparação com o envolvimento do Reino Unido no Iraque.
As últimas tropas de combate do Reino Unido deixaram o Afeganistão em outubro de 2014, tendo cerca de 700 tenham permanecido como parte de uma missão da NATO para treinar as forças afegãs.
Os militares americanos anunciaram na terça-feira que 90% das tropas e equipamentos americanos já haviam deixado o país, com a retirada prevista para terminar no final de agosto.
Na semana passada, as autoridades americanas desocuparam o maior campo de aviação do país, a Base Aérea de Bagram, o epicentro da guerra para derrubar o Talibã e capturar os líderes da Al Qaeda após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2011 em Nova Iorque.
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