Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 17º

Presidente do Burkina Faso promete impulsionar luta contra o terrorismo

O Presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, prometeu impulsionar a luta contra o terrorismo, após o massacre perpetrado no início de junho no norte do país, que causou pelo menos 160 mortes.

Presidente do Burkina Faso promete impulsionar luta contra o terrorismo
Notícias ao Minuto

13:03 - 28/06/21 por Lusa

Mundo Burkina Faso

O massacre, o pior da história recente do país, ocorreu na cidade de Solhan, na região do Sahel, de 04 para 05 de junho, e terá causado 132 mortos, segundo o balanço oficial, embora um oficial do Estado-Maior General das Forças Armadas Burkinabé tenha garantido à agência Efe, sob anonimato, que se registaram 160 mortos.

"A tragédia, de uma crueldade incrível perpetrada em Solhan, na noite de 04 para 05 de junho, confirma a nossa convicção de que a luta contra o terrorismo tomou um novo rumo", disse Kaboré num discurso à nação no final do domingo, noticiado hoje pelos meios de comunicação locais.

De facto, os atacantes do massacre eram na sua maioria crianças, tal como confirmado pelo Governo do Burkina Faso na semana passada.

Embora o ataque não tenha sido reivindicado, o executivo burkinabé atribuiu a autoria a um grupo filiado no Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, próximo da rede al-Qaida e o maior no Sahel.

Neste contexto, Kaboré apelou à "adaptação da estratégia às novas realidades no terreno", melhorando "a rapidez de intervenção das operações aéreas e terrestres levadas a cabo pelas nossas tropas".

O chefe de Estado disse também que a "doutrina do uso de voluntários para a defesa da pátria", civis que participam na luta contra fundamentalistas islâmicos em colaboração com as Forças Armadas, será revista.

O Presidente salientou também que é necessário "consolidar a eficiência, a unidade e a coesão do comando, respeitando a disciplina militar que sempre foi a força das Forças Armadas", bem como reforçar a colaboração com a população.

"Todos os patriotas do Burkina Faso devem dar as mãos em unidade e determinação, juntamente com todas as nossas forças de combate, porque a vitória é imperativa. Não são permitidas dúvidas sobre a nossa capacidade de derrotar o inimigo", concluiu Kaboré.

Nos últimos meses, os ataques e violações dos direitos humanos contra civis aumentaram acentuadamente no Burkina Faso, com 152 mortos civis, entre março e maio, e 178 civis, incluindo crianças, só no mês de junho, informou na semana passada o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O Burkina Faso tem sofrido o flagelo do terrorismo desde abril de 2015, quando membros de um grupo filiado na Al-Qaida raptaram um segurança romeno de uma mina em Tambao (norte), que ainda está desaparecido.

A região mais afetada pela insegurança é a região do Sahel no norte, que partilha uma fronteira com o Mali e o Níger, embora também se tenha estendido às províncias vizinhas, como a região Centro-Norte, e ao leste do país.

A violência no Burkina Faso causou uma crise humanitária sem precedentes, com mais de 1,2 milhões de pessoas a fugiram das suas casas desde 2019. Os deslocados internos são mais de 136.000, a maioria dos quais (61%) crianças, de acordo com a agência da ONU para a infância, Unicef.

Leia Também: Governo atribui a crianças massacre com 130 mortes no Burkina Faso

Recomendados para si

;
Campo obrigatório