Blinken diz que ainda há dez mil combatentes do Estado Islâmico na Síria
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que a luta contra o Estado Islâmico (EI) permitiu alcançar "resultados significativos", mas ainda há cerca de dez mil combatentes deste grupo terrorista na Síria.
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Mundo EUA
"Fizemos progressos (contra o EI) porque trabalhámos juntos", disse Blinken, em Roma, na abertura de uma conferência de ministros dos Negócios Estrangeiros da coligação que luta contra aquele grupo, na qual o seu homólogo italiano, Luigi Di Maio, propôs a criação de um grupo de trabalho para concertar esforços em África, onde a expansão do terrorismo está a aumentar.
Ambos os chefes de diplomacia concordaram que, apesar dos avanços, "ainda há muito fazer" e Blinken destacou, entre as prioridades, a luta "contra os elementos residuais no Iraque e na Síria", para evitar que o EI recupere terreno no território onde instalou o seu "califado" e foi derrotado pela coligação internacional em 2019.
Para Blinken, os resultados obtidos mostram "quais os objetivos que podem ser alcançados juntos" e insistiu na necessidade de lutar contra as células residuais do EI que permanecem na Síria, onde se estima em cerca de 10.000 o número de militantes do grupo terrorista, e no Iraque, para travar a sua crescente ameaça em África.
Nesse sentido, Di Maio agradeceu ao Gana, a Moçambique e ao Burkina Faso pela presença "como observadores convidados", antes de propor a criação de "um grupo de trabalho dedicado a África, que aborde o problema como um todo (...) com a participação de países africanos interessados em dar a sua contribuição".
"O EI foi derrotado na sua dimensão territorial, mas não foi erradicado. Por isso, a Itália, com mais de 800 unidades posicionadas entre o Iraque e o Kuwait, continuará no Iraque, sempre respeitando a soberania iraquiana", acrescentou Di Maio.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano reconheceu que "a ameaça no Iraque e na Síria permanece central para o envolvimento da coligação", pelo que o Estado Islâmico deve ser abordado de forma global, em particular no continente africano, especialmente no Sahel, "cuja estabilidade é crucial também para a Europa".
Depois do encontro, Blinken e Di Maio darão uma conferência de imprensa para anunciar as conclusões do encontro, do qual participam mais de 40 representações.
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