Ucrânia. Merkel defende manutenção do diálogo entre Moscovo e Kiev
A chanceler alemã defendeu hoje a manutenção do diálogo entre Moscovo e Kiev sobre o conflito no leste da Ucrânia, com a mediação de Paris e Berlim, apesar do apoio do Presidente russo ao regime da Bielorrússia.
© Reuters
Mundo Ucrânia
Numa conferência de imprensa virtual com o Presidente francês Emmanuel Mácron, após o Conselho de Ministros franco-alemão, Ângela Merkel afirmou que o encontro de Putin com o Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko "não muda nada" e que o processo de paz que possibilitou o Acordo de Minsk é "independente".
O denominado "formato da Normandia" é "importante", acrescentou a chanceler alemã citada pela agência EFE, referindo-se a este tipo de reuniões quadripartidas, embora tenha reconhecido que, nos últimos tempos, os avanços nesta área têm sido "escassos".
O Presidente francês assegurou que, nestas negociações entre a Ucrânia e a Rússia, é necessária "determinação" e "perseverança" por parte de Paris e Berlim e assinalou que pretendem chegar a acordo sobre uma nova reunião a nível ministerial para avançar no processo.
Em relação às sanções europeias contra a Bielorrússia, após ter forçado a aterragem de um avião comercial para prender o jornalista crítico Roman Protasevich, Merkel considerou que foram as "corretas" e "necessárias", na sequência da "lamentável" ação do regime de Minsk.
A chanceler destacou ainda a rapidez e a contundência da União Europeia (UE) em acordar estas novas sanções, para além das já aprovadas após o início da repressão que se seguiu às eleições presidenciais de agosto passado.
Emmanuel Macron considerou também que as recentes sanções contra a Bielorrússia eram necessárias, à luz da "intrusão inaceitável" de Minsk.
A Bielorrússia obrigou, em 23 de maio, um avião da empresa Ryanair, proveniente de Atenas e com destino a Vílnius, a aterrar em Minsk, argumentando com um alerta de bomba.
Dois passageiros, o jornalista dissidente bielorrusso Roman Protasevich e a sua companheira, a russa Sofia Sapega, foram detidos.
A União Europeia, com 22 países membros da NATO, decidiu interditar o seu espaço aéreo e os seus aeroportos aos aviões da Bielorrússia e recomendou às companhias europeias para evitarem o espaço aéreo deste país.
Os dirigentes europeus pediram igualmente a preparação de sanções económicas setoriais para atingir o regime do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que devem ser apresentadas aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 na sua reunião de 21 de junho, no Luxemburgo.
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