Manifestação em Joanesburgo pela descriminalização da prostituição
Cerca de 200 profissionais do sexo manifestaram-se hoje em Joanesburgo para exigir a descriminalização da prostituição.
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Mundo Joanesburgo
A África do Sul tem entre 120.000 e 180.000 trabalhadores do sexo, segundo as organizações não-governamentais, apesar de a lei, ainda do tempo do regime do "apartheid", punir as prostitutas e os seus clientes.
"O trabalho sexual é uma profissão, não um crime", disse Dudu Dlamini, uma das profissionais do sexo. "E este trabalho requer competências e conhecimentos, dos quais não fazes ideia", acrescentou, em declarações à agência de notícias francesa, AFP.
Constance Mathe, que está no negócio há 16 anos, afirmou: "Paguei a minha casa através do trabalho sexual".
Esta mãe de dois filhos ganhava na sua vida anterior, como empregada doméstica, o equivalente a 60 euros (1.000 rands) por mês.
Erguendo cartazes que diziam: "Onde está o crime?" e "O trabalho sexual é um trabalho", alguns dos profissionais do sexo caminharam pelas ruas de Joanesburgo com os seus rostos cobertos de máscaras, numa marcha alinhada por carros da polícia.
"A polícia assedia e obriga-nos a um resgate. Os trabalhadores sexuais que são abusados pelos seus clientes não podem apresentar queixa ou serão eles próprios processados", disse Yonela Sinqu, da Aliança Sul Africana dos Trabalhadores Sexuais (SWEAT).
Segundo a organização, as prostitutas são regularmente vítimas de violência, especialmente de violação, num país onde há um elevado nível de criminalidade.
Segundo a SWEAT, cerca de dez profissionais do sexo são assassinados todos os anos, mas muitos casos não são relatados.
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