"Condeno com a maior firmeza os ataques contra Israel a partir da Faixa de Gaza", escreveu o chanceler austríaco, o conservador Sebastian Kurz, numa declaração à agência France-Presse.
"Israel tem o direito de se defender contra estes ataques. Para mostrar a nossa total solidariedade (...), içámos a bandeira israelita" nas instalações da chancelaria e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, adiantou.
O chefe da diplomacia austríaco, Alexander Schallenberg, indicou que "nada justifica os mais de mil 'rockets' disparados até agora contra Israel a partir de Gaza pelo Hamas e outros grupos terroristas", adiantando que Viena apoia "firmemente a segurança de Israel".
A Turquia, país que defende a causa palestiniana e cujas relações com a Áustria estão sob tensão há vários anos, criticou o gesto de apoio de Viena a Israel.
Içar a bandeira israelita "não é moral, não é humano. Enquanto se comportarem desse modo, Israel continuará as suas agressões sem receio", indicou na rede social Twitter o porta-voz da presidência turca, Ibrahim Kalin.
Por outro lado, a procuradoria austríaca abriu um inquérito após terem sido alegadamente feitas declarações antissemitas durante uma manifestação de apoio aos palestinianos em Viena, na quarta-feira.
Desde o início na segunda-feira deste novo ciclo de violência entre Gaza e Israel, o pior desde a guerra de 2014, morreram 119 pessoas, incluindo 31 crianças, devido aos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo um balanço do Ministério de Saúde local.
Em Israel, onde o escudo antimíssil 'Cúpula de Ferro' intercetou cerca de 90% dos 1.800 'rockets' disparados por grupos armados palestinianos a partir de Gaza, o balanço é de nove mortos, incluindo uma criança.
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